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Sob a lua de Positano

Rosangela Rossi
Psicoterapeuta e Filósofa Clínica
Da Itália

A poesia esta solta no ar. Todos os deuses descerem do Olimpo para celebrar a vida nesta Costa Malfitana no outono que se aproxima. A lua refletida no mar se faz admirada pelas casas presas as montanhas.

Parece que Urano se hospedou no litoral trazendo as estrelas para enfeitar o chao. Sua filha Afrodite navega sob a concha guiada pelas bacantes. Dioniso aplaude tomando o mais delicioso vinho.

Eta vida boa e bela! Chronos dorme e Kairos cochila. A pausa aquieta minha alma em festa. A razão observa aprovando a musica da emoção. E a lua no céu brilha.

Meu coração tranqüilo e feliz perpassa a ultima semana. Netuno na Fontana de Trevi doma os dois cavalos para não perder a festa. Na Praça Navona, Bernini deu vida aos rios Nilo, Danúbio... Na Capela Sistina Miguelangelo pintou os últimos traços no teto e Rafael assisteu ao dialogo de Platão e Aristóteles na Academia de Atenas pintando o afresco com cores impactantes. Isto porque meu olhar e minha alma observam cada mínimo detalhe. Ate o Coliseu e Fórum Romano deram uma pausa e se fizeram admirar.

A tristeza e infelicidade dos entornos não tiraram a alegria e felicidade. O mundo em representação deixou claras as escolhas e demonstrou que o trágico faz parte da vida. Caminhando como Gradiva em Pompéia senti o poder das forças dos deuses sobre a Terra.

A Lua impassível e bela no horizonte conversa com a Vênus. A relatividade e o efêmero se entreolham e interrogam. Tudo não passa de vida pulsante em tempo sabáticos. Quem sabe celebra, quem não sabe se perde no caos das queixaçoes e feliz morte lenta. Ate este laptop pirou e deixou de acentuar em protesto quanto ao inefável.

Afinal a festa no Olimpo acontece para quem se permite mergulhar nas ondas dos deuses e se enlouquece na magia de viajar no alem mares do existir. Pois a viagem se torna intensa quando lua e o sol se dão a mão em festa.

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