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Mostrando postagens de novembro, 2010
Como se chama aquela coisa que se usa na orelha, tem uma fumacinha, e sempre se coloca do avesso? Lúcio Packter Pensador da Filosofia Clínica Amortagem é o amor magoado porque a moça realizou um aborto. Felirrapagem é a felicidade que escapou mediante uma derrapagem. Calosso é uma impressão de pressão nos ossos, seguida de dor, acompanhada frequentemente de calor. Se você procurar no Aurélio por amortagem, felirrapagem, calosso, não vai encontrar.Amortagem, por exemplo, ficaria entre amor-próprio e amortalhar, caso existisse. Mas também não encontraria Nepoti, que é uma caneca com café morno. Papaimãe você sabe o que é? Esta é aparentemente simples, ainda que leve a enganos, e é como uma menina de 16 anos chama por sua mãe. Acidentes vasculares, traumatismos cranianos, problemas existenciais graves podem ter como características em comum a necessidade de novos termos, por vários motivos: a pessoa pode ter apagado como se diz algo, uma nova vivência pode não encontrar em nos
A vida é um jogo de dados. Miguel Angelo Caruzo Filósofo Clínico Teresópolis-RJ Na estrutura de pensamento o primeiro tópico é “Como o mundo me parece”. Não se trata de primeiro por ordem de importância, é apenas uma numeração aleatória, e sua importância é encontrada na exposição do partilhante. Trata-se da descrição fenomenológica do mundo como parece para a pessoa. O que acha e pensa a respeito do mundo que a cerca. Início da conversa com alguém de lugar qualquer... A vida é para mim como um jogo de dados. Não há um Deus que me ajuda ou me puna por qualquer coisa que faça ou pense. Muito menos um que me ame. Pois quem ama participa. Se eu me machuco, não digo que foi Deus quem permitiu para que eu tire um aprendizado maior, ou que está me punindo. Apenas trato de me curar e continuo a vida. Se eu me dou bem em algo, não acredito que foi Deus quem me beneficiou. Muitas pessoas no mundo invocam Deus e continuam sofrendo. Pessoas que precisam muito mais de atenção do que
A diferença em se saber que nada dura para sempre. Ana Cristina da Conceição Filósofa Clínica Porto Alegre/RS Tudo que é bom tem sua duração exata, Tem de se acabar no prazo certo Se quisermos que perdure para sempre. Jorge Amado Houve um tempo em que a cristalização do pensamento engessava as convivências sociais. O reflexo desse comportamento aparecia, muitas vezes, na forma de traição, somatização, profissionais frustrados, vidas monótonas, hipocrisias. As revoluções ao longo da história trouxeram mais que desenvolvimento tecnológico e novos mercados. Algumas sociedades, com seus princípios de verdade voltados para uma crença de início, meio e fim perderam sua força. O que parecia ser indissolúvel, rígido e permanente, se mostrou frágil e propenso a mudanças. O para sempre perdeu o sentido num mundo mutante. Ganhou-se a liberdade de transitar em aquários existenciais próprios ou alheios. Descobrir mais sobre cada um e os outros. Perceber que o fim pode ser o en
Como dizia Roberto Carlos, São tantas emoções... Ildo Meyer Médico e Filósofo Clínico Porto Alegre/RS Emoção e sentimento não são sinônimos. Pelo contrário, são processos muito diferentes. O que sentiu ao ver seu filho dar os primeiros passos? Qual foi a emoção? Talvez seja difícil exprimir em palavras. Emoção pode ser definida como um impulso nervoso que provoca um conjunto de reações psico-fisiológicas. Chorar, tremer, transpirar, vomitar, corar, fugir, sorrir, gritar, desmaiar, coração disparar... Independem da vontade, geralmente são de curta duração e muita intensidade, sendo difícil de esconder, pois apresentam manifestações externas e públicas. Podem jorrar a qualquer momento, sofrendo grande influência dos instintos e da não racionalidade. Sentimento já é algo mais elaborado; envolve racionalização, livre-arbítrio, espiritualidade, bom senso. É a reação que não entendemos (emoção), sendo integrada ao nosso ser. Uma emoção madura. Diferente das emoções, sentimentos s
Agradecer e agir Rosângela Rossi Psicoterapeuta e Filósofa Clínica Juiz de Fora/MG Quando olhamos para a realidade do mundo, a realidade da maioria, ficamos perplexos. Assustados com tamanho desamor. Com a imensa pobreza, A desigualdade. A exploração. O preconceito. O desrespeito. Mil transgressões. A realidade tem seu bem e seu mal. Dialética da vida. Dialética desigual. Pendendo para o mal. Pessimismo? Ou análise racional? Basta-nos ver as pirâmides estatísticas. A verdadeira realidade se apresenta sem disfarce. Está ai para quem não quer fugir e se alienar. Temos também muito o que agradecer. A beleza e riqueza natural. A inteligência humana. O desenvolvimento tecnológico. A arte e a poesia. O amor e a compaixão. O milagre do agora viver. A amizade se ter. O problema dos acomodados tem um nome: Zona de Conforto. Conforto que cega e nos torna impotentes. Acomodação passiva. O resto é que se dane. Egoísmo. Desinteresse. Sei lá que nome dar ao desamor. Mais fácil sentar e
Queridos leitores: Começa hoje em Nova Veneza/SC, o IX Encontro sul brasileiro de Filosofia Clínica. Uma promoção do Instituto sul catarinense de Filosofia Clínica, com sede em Criciúma/SC. O convite oficial e a programação completa pode ser acessada em: www.filosofiaclinicasc.com.br Coordenação.
Limitação e possibilidade Miguel Angelo Caruzo Filósofo Clínico Teresópolis-RJ "Com as grandes obras, os sentimentos profundos significam sempre mais do que têm consciência de dizer." (Albert Camus) Não se trata de inconsciente. O assunto aqui é o reconhecimento da limitação humana. Camus postula que o mundo é um absurdo. Este se dá com a incompatibilidade da razão em querer compreender a ordem e o todo do mundo, com o mundo e sua impossibilidade de ser completamente abarcado pela razão. Um filósofo clínico compartilha da limitação com que o filósofo do absurdo postula. Mas, essa concordância é referente à pessoa humana. Dado que esta não pode ser totalmente abarcada pela razão. O partilhante é um mundo a ser desvelado. Não mais em sua totalidade, mas no que for possível para auxiliá-la em sua existência. Há ausência de verdade absoluta, talvez uma das afirmativas mais polêmicas da Filosofia Clínica. Há representação singular do mundo, mesmo que à primeira vista
Além do contexto Idalina Krause Filósofa Clínica Porto Alegre/RS Como dizer o que minha boca cala! Um caminho entre flores imagino Olhos a triscar horizontes Um riacho ao longe canta entre pedras Lágrimas secas em mais um sol poente Uma estrela aparece, iluminando uma grinalda de hera Sobre tua cabeça paira a alegria dos bons dias Em teus sonhos brincas Fantasias inexatas da paixão pela vida Seja entre saltos de amarelinha Livre a correr pelos campos Deixe se levar ao acaso In-certeza de encontros Um lume faísca em teu sono tranqüilo Teu coração bate lá e cá Uma borboleta pousa em tua janela Desperta o sol te traz mais um dia!
A FILOSOFIA CLÍNICA PARA NÃO-FILÓSOFOS CLÍNICOS* Gustavo Bertoche Filósofo Clínico Rio de Janeiro/RJ O que é a Filosofia Clínica? A resposta geralmente adotada pelos filósofos clínicos é: “a Filosofia Clínica é a filosofia acadêmica aplicada à terapia”. Esta resposta é boa. E não é. É uma boa resposta porque é exatamente isso que a Filosofia Clínica faz: aplica a filosofia da tradição ocidental, a filosofia acadêmica, à terapia. Por outro lado, é uma resposta abrangente demais. Afinal, o conjunto da “filosofia acadêmica” tem uma quantidade muito grande de elementos, que podem ser tão diferentes entre si quanto podem ser diferentes variadas espécies de, digamos, frutas. Por essa razão, a afirmação de que “a Filosofia Clínica é a filosofia acadêmica aplicada à terapia” é inútil. Aos olhos do leigo – e mesmo de muitos estudiosos – a filosofia é um emaranhado de teorias contraditórias, quando não bizarras; parece que qualquer coisa pode ser filosofia, e que filosofia pode
Convite: Acontece no próximo final de semana em Nova Veneza/SC o IX Encontro Sulbrasileiro de Filosofia Clínica. Uma programação belíssima e sob a responsabilidade do Instituto Sulcatarinense de Filosofia Clínica, com sede em Criciúma/SC. Uma oportunidade singular para se saber mais sobre o tema e conhecer os estudos e práticas da área. Inscrição e programação completa no site: www.filosofiaclinicasc.com.br Sejam bem vindos! Coordenação
Música Sônia C. Prazeres Filósofa Clínica São Paulo/SP Confusos devaneios e uma pauta Traçam caligrafia com a chuva fina Vão rabiscando na neblina densa As notas delicadas de uma melodia. E aquela música que não toco Desenha-se no ar aos olhos tontos Como do olhar, espelho irrefletido A pauta linda dos teus encantos. Guardo silêncio e ele desmerece Trazendo a música de outro tempo Resta um dilúvio que me entorpece Insiste a melodia e o desalento E aquele peito que não toco As luzes do olhar que eu mais queria Fazem miragem d’água no deserto Nas horas que ainda acenam alegria.
De volta ao corpo Rosângela Rossi Psicoterapeuta e Filósofa Clínica Juiz de Fora/MG E a vida continua....depois de múltiplas perdas. Lendo as Confissões de Agostinho e refletindo com o grupo de psicofilosofia e bioenergia sobre a questão do mal e do lugar do corpo na filosofia, na teologia, na psicologia, enfim, na vida, surgem várias questões. Qual o lugar do corpo na vida contemporânea, que apesar de falar tanto dele, o continua negando? Merleau-Ponty com " A fenomenologia da percepção" nos convida a pensar o corpo de uma forma diferente do que se pensava até então. (Se é que se pode pensar o corpo!) Pensar o corpo próprio, como ele diria pode ser recolocar a essência na existência, na relação corpo-próprio-mundo. Enquanto para Agostnho o corpo é negado, para Merleau-Ponty o corpo é o fenômeno primordial., como experiência vivida no agora do existir. " Eu sou não um "ser vivo" ou mesmo um "homem" ou mesmo "uma consciência",
Amou uma vez e não separou mais Ildo Meyer Médico e Filósofo Clínico Porto Alegre/RS Depois de oito casamentos frustrados no currículo, a moça se entregou. Aceitou a sugestão de uma sábia amiga de que talvez na posição horizontal descobrisse as razões de tantas separações. Sim, na horizontal de um divã. Ainda que suas experiências anteriores na investigação do inconsciente não tenham sido lá estas coisas, venceu a resistência e marcou hora com um renomado analista. Afinal, se as poucas terapias anteriores e todo investimento em cartomantes não tinham surtido efeito, então a aposta agora seria ainda mais alta, procuraria o ‘melhor’. No dia marcado chegou quinze minutos antes do horário. Precisava observar com cuidado os detalhes do consultório. Sentou na antessala. Cruzou as pernas. Descruzou. Tornou a cruzar, e se percebeu ansiosa quando teve que conter a perna esquerda que balançava feito pêndulo no ar. Bobagem, pensou. De que adianta tentar fazer gênero, se em questão de
Amigos, colegas e demais interessados, www.cultura.mg.gov.br Hoje é o último dia para se inscrever na Oficina de Audiovisual em São Tiago/MG. Confira no site acima, da Secretaria Estadual de Cultura, maiores informações. Att. Mariana Fernandes Filósofa Clínica Coordenadora do Cineclube AudiovisUAI São Tiago/MG
Nayla Lúcio Packter Pensador da Filosofia Clínica Nayla é uma mulher de 31 anos, bonita desde que a adolescência passou. Tem um filho de 5 anos que mistura as letras quando discutem com ele e um marido que é um grande amigo. Nayla é feliz com seu marido, seu filho e com seu relacionamento íntimo fora do casamento com um homem bem mais velho. Nayla, conforme todos que a conhecem, é boa mãe, boa esposa, boa amiga. Um dos primeiros nomes quando se faz uma daquelas listinhas de convidados. O que traz alguém como Nayla ao meu consultório? Ela descobriu que o homem mais velho com quem ela convive intimamente fora do casamento a traiu com outra mulher, uma desconhecida que ela pesquisou em bolsos, contatos de chamadas não atendidas, MSN e tardes de espreita em frente ao apartamento do homem. A queixa de Nayla é que não se pode mais confiar em ninguém, o mundo perdeu o rumo dos valores, os sentimentos são agora escambo. Nayla casou para ter uma família. Nunca procurou por qualquer co
Bom Dia! Convidamos para o Happy Hour Filosófico Clínico. O evento acontece no próximo dia 18/11/10 às 18h e 30min no Instituto Packter em Porto Alegre/RS: Cel. Lucas de Oliveira, n. 1937/303 - Bairro Petrópolis. O tema: Apontamentos sobre Estrutura de Pensamento Coordenação: Filósofas Clínicas Isolda Menezes e Vera Leandro. Convidada: Filósofa Clínica Ana Cristina da Conceição Inscrições: 3330-6634 ou institutopackter@terra.com.br Contamos com sua presença. Atenciosamente, Assessoria do Instituto Packter
O feitiço da palavra* "Linguagem viva, como acentuam os lingüistas, é aquela na qual você ainda pode cometer erros. Linguagem perfeita é a que está morta. Nem se modifica, nem hesita. (...) Tudo se desmonta constantemente e volta a se reagrupar." Jean-Claude Carrière A expressão do existir constitui-se pelos caminhos às origens do ser. Lugar onde os segredos se oferecem nas entrelinhas de um sacrilégio a desvendar escolhas. Violação da expectativa em preparação à escuta das originalidades. Uma hermenêutica dessas singularidades localiza-se em si mesma. Investigação da vontade estruturada nas representações da palavra. Deliberadamente, o esforço epistemológico procura entender essas manifestações a partir das equivocidades do próprio olhar. Espécie distorcida de interação, onde a pessoa constitui-se em reflexo das alteradas percepções. Schopenhauer elabora tal desmedida: "(...) eis por que o gênio vê tudo acima de qualquer medida, vê em toda parte o extremo,
Pulsantes dias Idalina Krause Filósofa Clínica Porto Alegre/RS Co-crio nova vida águas do espírito sedes absurdas pulsações dilacerantes renovando peles fecundos mares paixões navegantes diárias vertigens fruta mordida olho no horizonte
Convite! Amanhã dia 12.11.10 temos o nosso "CAFÉ FILOSÓFICO". O tema deste mês: "Os Desafios da Filosofia Clínica no Mundo Contemporâneo". O evento acontece na sede da APIFIC: Rua Benjamin Constant, 1662, Centro/Norte próximo ao Instituto Dom Barreto, esquina com a Rua Quintino Bocaiuva em Teresina/PI. Horário: 19hs. Mediadora: Filósofa Clínica Florisa Veras Compareça e convide os amigos. Informações sobre nossos eventos: www.apific.com.br Contamos com você. Até amanhã, Valdirene Ferreira Filósofa Clínica Teresina/PI
Boa Noite! Ildo Meyer Médico, Escritor e Filósofo Clínico Porto Alegre/RS Algumas pessoas acreditam que dormir é uma perda de tempo. “Quando morrer, vou ter tempo de sobra para dormir e descansar”, é um adágio popular que reforça a idéia do desperdício de vida durante o sono. Adeptos desta teoria, costumam orgulhar-se do fato de que três ou quatro horas diárias de sono são suficientes para que recuperem suas energias. Infelizmente, não é bem assim que as coisas funcionam. Quando o dia nasce, a luz penetra pela retina do seres humanos, estimulando seu metabolismo, e, quando o sol se põe, o metabolismo diminui. A função é manter o corpo em estado de alerta durante a claridade e em repouso na escuridão. A esta alternância entre sono e vigília, 16 horas acordado e oito horas dormindo, chama-se ritmo circadiano, do latim “Circa diem”- cerca de um dia. Este ciclo é controlado pelo cérebro (hipotálamo) que funciona como um maestro. Numa orquestra, cada músico sabe tocar seu instru
Cineclube AudiovisUAI* PROGRAMAÇÃO DE NOVEMBRO/2010 Entrada Franca DOMINGO, dia 14 de novembro de 2010 Local: Rotary Club (Rua Estados Unidos, nº 80, bairro Nações Unidas, São Tiago-MG) SESSÃO CURTAS personalidades artísticas – às 17 horas Walter Franco, muito tudo 2000, SP, documentário, 25 min. Direção: Bel Bechara e Sandro Serpa. Documentário sobre a vida do poeta e compositor Walter Franco. (Classificação 14 anos) Mutantes 1970, SP, experimental, 7 min. Direção: Antônio Carlos da Fontura. Uma brincadeira mutante improvisada por Arnaldo Baptista, Sergio Dias e Rita Lee – Os Mutantes -, num dia único pelas ruas de São Paulo. (Classificação 14 anos) Leila para sempre Diniz 1976, RJ, documentário, 9 min. Direção: Mariza Leão e Sérgio Rezende. O documentário revela flagrantes da intimidade de Leila Diniz. A atriz, que teve sua carreira tragicamente interrompida por um desastre de avião, exerceu grande influência nas gerações dos anos 1960 e 1970, por sua espontaneidade
Importa ser? Rosângela Rossi Psicoterapeuta e Filósofa Clínica Juiz de Fora/MG Quem você é? Quem sou eu? São nossas histórias e narrativas que vão tecendo nossa identidade. Para além do que respondemos estão nossos gestos, a maneira como falamos, a nossa roupa e muitos outros detalhes que fazem a diferença, e podem parecer que passam despercebidos, mas estão presentes o tempo todo. Nosso ser, o meu ser,dizem muito do espaço que ocupamos dentro da sociedade e do nosso lugar na relação com os outros. Pode parecer que somos adivinhos ao tentar dizer"quem é você", apenas nos esquecemos que comunicamos o tempo todo nossa identidade pelos pequenos gestos repetitivos. Craig Scott nos lembra: "É através da comunicação com os outros que expressamos nosso sentido de vínculo, pertencimento (ou falta dele) em relação às várias coletividades. É também pela comunicação que temos acesso à imagem dessas coletividades, que as identidades podem ser conhecidas por nós, e que as
Autogenia Miguel Angelo Caruzo Filósofo Clínico Teresópolis-RJ Mudanças ocorrem devido a diversos fatores. Comumente pessoas resolvem dar novos rumos às suas vidas quando algo em especial acontece. Desilusão amorosa, traição, desemprego repentino, morte de alguém próximo, uma catástrofe, aparecimento de um grande amor, dentre tantos outros motivos, são o estopim final para que uma vida tome novos rumos. Alguns acontecem da noite para o dia. Em instantes uma pessoa se torna quase irreconhecível. Em outros casos, a pessoa levará anos para mudar. Em outros ainda, passam a vida inteira querendo mudar sem que nada de fato aconteça. Há casos em que uma pessoa se volte para a religião após a morte de um amigo. A lógica das coisas poderia servir para criticar a nova conduta devido ao fato de algo não ter, de certo ponto de vista, nada a ver com outro. Cogitar a possibilidade de que uma pessoa resolva pensar a própria vida e a postura diante dela depois a morte de outrem pode ser conf
A Categoria Tempo na Filosofia Clínica Marta Claus Magalhães Filósofa Clínica Uberlândia/MG Estamos sempre estudando as categorias em filosofia clínica. Sabemos quais são e que servem para localizar existencialmente o partilhante. Sabemos que é um estudo entre o tempo subjetivo e o tempo cronológico do partilhante. Sabemos se ele vive o tempo presente, passado, futuro, se usa a voz ativa, passiva e em qual tempo verbal é sua narrativa. Ao sabermos isso também, se supõe que saberemos avaliar o nosso tempo. Avaliarmos nosso tempo enquanto filósofos clínicos, estudantes, professores, estagiários, enfim, em qualquer situação ou papel existencial que estejamos vivenciando. Mas, e a categoria tempo da filosofia clínica, como avaliá-la? É, a filosofia clínica também tem seu tempo subjetivo e cronológico. Eu não sabia, mas descobri que tem. Por isso gostaria de compartilhar isso com vocês e trocar idéias. Tecendo elucubrações sobre a categoria tempo da filosofia clínica poderíamos
Homem Olympia Filósofa Clínica São João del Rei/MG Caminho de terra Vassoura rabo de burro Caminho de capistrana Enxadinha Caminho pé de moleque Enxada e vassoura Caminho no shopping Cabo de vassoura na ponta bolinha de tênis Homem com olhos atentos Busca riscos pretos no chão...

Um olhar estrangeiro*

A expressividade do ser louco atualiza a interrogação reflexiva à vida conformada e bem ajustada. Buscas pela interseção de cuidado podem constituir elos de compreensão com essas estruturas do indizível. Eventos intraduzíveis à pessoa apreciam esparramar focos desestruturantes por entre deslizes da sua rotina. Um mundo significativo pode se descortinar na relação do sujeito com ele mesmo e nos encontros com seu Filósofo Clínico. A loucura aprecia desvestir as lógicas do bom senso. Seu mundo como apresentação traz equívocos próprios dos horizontes inéditos. Desarticulam-se com as anterioridades e podem surgir irreconhecíveis. Multiplicam-se os desdobramentos de paradoxo com a vida, até então, conhecida. Variadas formas de desatino apreciam o abrigo confortável da manifestação artística. Alternativa para rabiscar o impronunciável de sua condição. Ponto de partida a desvendar epistemologias de outras verdades. Ao olhar do terapeuta da tradição, uma fonte de extraordinária a
Abandono Idalina Krause Filósofa Clínica Porto Alegre/RS Muitas vezes só se percebe a sinceridade das criaturas na hora do sufoco. Elas correm e não é na tua direção!!!
TE PERDÔO POR TE TRAIRES Ildo Meyer Médico e Filósofo Clínico Porto Alegre/RS A lavanderia manchou seu vestido, o computador novo apresentou defeito de fábrica, clonaram seu cartão de crédito, seu candidato não cumpriu as promessas de campanha, o gato do vizinho arranhou seu carro, você foi traido(a) por seu companheiro(a). Calma, não é seu dia de azar, são apenas exemplos para pensar se é fácil perdoar indiscriminadamente ou se algumas situações são mais graves que outras e por este motivo, não merecem perdão. Seja honesto agora, você ficaria mais feliz se perdoasse, ou se pudesse se vingar para que sentissem a mesma ou ainda mais dor que lhe causaram? Provavelmente a gênese da maioria das situações que envolvam perdoar ou não, está em promessas descumpridas. Amantes que fazem juras de amor eterno e depois descumprem, produtos e serviços que não correspondem ao anunciado , erros e falhas humanas, etc. Mal intencionadas ou não, estas promessas descumpridas refletem a
Blake, Bartók, altos, baixos... Lúcio Packter Pensador da Filosofia Clínica William Blake, em The Marriage of Heaven and Hell, de 1790, explica em sua filosofia que temos no mundo os contrários, como o bem e o mal, como a alma e o corpo. O desenvolvimento está desenhado nesta dialética dos contrários e o progresso depende disso. Em Filosofia Clínica, no consultório, uma das ocupações de um filósofo é esquadrinhar o modo como a pessoa está no mundo quanto a determinadas questões; entre elas, a Filosofia da Mente do indivíduo, que provavelmente é única para cada um. Próximo ao entendimento de Blake, temos o movimento dos contrastes, das comparações, do ir e vir, das polarizações e outras conformações que usualmente aparecem em consultório pela maneira como cada pessoa estrutura e organiza sua mente. Béla Bartók é um entre muitos exemplos. O que temos em Contrastes para clarineta, piano e violino, de 1938, aquela busca apurada pela alteridade do som, é parte disso. Também serv
Os filhos nossos de cada dia Luana Tavares Filósofa Clínica Niterói/RJ Primavera/2010 Hoje quero falar de filhos. Mas não importa muito a que filhos me refiro. Filhos podem ser de muitas naturezas. Podem ser tantas coisas... de infinitas e diferentes naturezas. Quem sabe sejam aqueles sonhos que acalentamos, ou as nossas incertezas que nos perseguem, ou ainda nossas reflexões inusitadas e com um toque bizarro de surrealidade, ou a ocupação que nos consome e nos delicia; podem ser também aqueles que levamos no ventre físico ou do nosso coração. São muitos os filhos dos partos diários que fazemos e que nos (pré) ocupamos em embalar. Esses partos podem ser fáceis ou podem acontecer mediante fórceps, mas ainda que isolados na condição pessoal de existir, o fato é que parimos um novo dia, a cada dia, a favor ou contra a corrente. Às vezes a existência parece ter uma respiração inexorável. Dos filhos nascidos da união das sementes, houve um tempo em que os considerei a máxima d
Cada vez mais a Filosofia Clínica Rosângela Rossi Psicoterapeuta e Filósofa Clínica Juiz de Fora/MG Cada vez mais a Filosofia Clínica no meu ser terapeuta. A liberdade de estar por inteiro com o outro a compartilhar as dores e amores. O outro que chega... O amor que espera... O estar junto e escutar. Não sei o que virá. Só sei que estou aberta ao compartilhar. A historicidade vai tecendo a realidade, não importa se sonhada. O exame categorial , no tempo, no espaço, nas circunstâncias vai traçando contorno de uma compreensão consciente do ser do outro que espera.... Delicadamente a estrututa de pensamento do partilhante se torna nítida. E os submodos para com ele caminhar vai surgindo naturalmente. Nesta jornada de compartilhamento eu e o outro vamos nos transformando. Múltiplas autogenias. Muitos me perguntam porque mais filosofia que psicologia. Não consigo ver o porque separar e definir espaços. A filosofia sempre foi mãe da psicologia. Mãe e filha não podem andar

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