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Música

Sônia C. Prazeres
Filósofa Clínica
São Paulo/SP

Confusos devaneios e uma pauta
Traçam caligrafia com a chuva fina
Vão rabiscando na neblina densa
As notas delicadas de uma melodia.

E aquela música que não toco
Desenha-se no ar aos olhos tontos
Como do olhar, espelho irrefletido
A pauta linda dos teus encantos.

Guardo silêncio e ele desmerece
Trazendo a música de outro tempo
Resta um dilúvio que me entorpece
Insiste a melodia e o desalento

E aquele peito que não toco
As luzes do olhar que eu mais queria
Fazem miragem d’água no deserto
Nas horas que ainda acenam alegria.

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