Fragmentos filosóficos delirantes X*
"Vem, pois, poeta amargo da descrença/ Meu Lara vagabundo/ E co'a taça na mão e o fel nos lábios/ Zombemos do mundo!"
"Sonhou - Amou - Cantou: em loucos versos/ Evaporou a vida absorta em sonhos/ E debalde! ninguém chorou-lhe os prantos/ Que sobre as mortas ilusões já findas/ Pálido derramara."
"Adeus!...é renunciar numa agonia/ A esperança que ainda nos palpita;/ Sentir que os olhos cegam-se, que esfria/ O coração na lágrima maldita!/ Que inteiriçam as mãos, e a alma aflita."
"Em frente do meu leito, em negro quadro/ A minha amante dorme. É uma estampa/ De bela adormecida. A rósea face/ Parece em visos de um amor lascivo/ De fogos vagabundos acender-se..."
"Se é verdade que os homens gozadores,/ Amigos de no vinho ter consolo,/ Foram com Satanás fazer colônia,/ Antes lá que no Céu sofrer os tolos!"
"Amei! amei! no sonho, nas vigílias/ Esse nome gemi que eu adorava!/ Votei amor a tudo quanto é belo!/ Escuta...A rua é queda. A noite escura/ É negra como um túmulo. Durmamos."
"E o mundo? não me entende.Para as turbas/ Eu sou um doudo que se aponto ao dedo./ A glória é essa. P'ra viver um dia/ Troquei o manto de cantor divino/Pelas roupas do insano."
*Álvares de Azevedo
"Vem, pois, poeta amargo da descrença/ Meu Lara vagabundo/ E co'a taça na mão e o fel nos lábios/ Zombemos do mundo!"
"Sonhou - Amou - Cantou: em loucos versos/ Evaporou a vida absorta em sonhos/ E debalde! ninguém chorou-lhe os prantos/ Que sobre as mortas ilusões já findas/ Pálido derramara."
"Adeus!...é renunciar numa agonia/ A esperança que ainda nos palpita;/ Sentir que os olhos cegam-se, que esfria/ O coração na lágrima maldita!/ Que inteiriçam as mãos, e a alma aflita."
"Em frente do meu leito, em negro quadro/ A minha amante dorme. É uma estampa/ De bela adormecida. A rósea face/ Parece em visos de um amor lascivo/ De fogos vagabundos acender-se..."
"Se é verdade que os homens gozadores,/ Amigos de no vinho ter consolo,/ Foram com Satanás fazer colônia,/ Antes lá que no Céu sofrer os tolos!"
"Amei! amei! no sonho, nas vigílias/ Esse nome gemi que eu adorava!/ Votei amor a tudo quanto é belo!/ Escuta...A rua é queda. A noite escura/ É negra como um túmulo. Durmamos."
"E o mundo? não me entende.Para as turbas/ Eu sou um doudo que se aponto ao dedo./ A glória é essa. P'ra viver um dia/ Troquei o manto de cantor divino/Pelas roupas do insano."
*Álvares de Azevedo
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