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O que aconteceu em 2009

Lúcio Packter
Pensador da Filosofia Clínica


Talvez cada vez mais podemos dizer cada vez menos de um ponto da história, uma vez que os elementos se combinam e muito do que aparece em uma época pertence a outra. Parece que em 2009 não deu para Aécio Neves, foi Serra, foi Dilma, foi Sarney ao contrário.

Mas em 2010 poderemos saber que nada foi assim e que quem aconteceu de fato em 2009 sequer apareceu. Mas é parte significativa da história comemorar fantasmas. Eles enfeitam, distraem, porém também podem sustentar e erguer os eventos importantes que às vezes necessitam de um fantasma de prefácio.

Como ficou aquele voo 447 da Air France? O apagão? A dinheirama na cueca, nas meias? O que de fato foi mais marcante em 2009? As mulheres iranianas protestando, a China novamente, a recessão acabando, Michael Jackson?

Se depender da subjetividade, Claude Lévi-Strauss, em Filosofia, vem antes. John Updike também partiu, mas nos fios que constroem a história, não sabemos se sua passagem foi mais ou menos importante porque teve como contemporâneos Farrah Fawcett e Ted Kennedy, que também partiram.

Muitos nem viram 2009 passar. Foi rápido, foi difícil, foi 2009, foi. Alguns não tiveram tempo de enfeitar as árvores de Natal, a casa, porque subitamente do início de dezembro já era 23, 24, 25, Ano Novo.

2009 trouxe forte a popularização dos Lap Tops. Os celulares seguem firme. Ensino a distância. Leitura da Folha de S. Paulo da tela. Talvez o grande ano do despertar da Ecologia no mundo tenha sido 2009. Estamos avisados. Algo de fato mudou, mas agora as mudanças são tão rápidas que somente lá por 2013 saberemos melhor como foi 2009.

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