Pular para o conteúdo principal
Inteligência Coletiva

Beto Colombo
Empresário
Filósofo Clínico
Coordenador da Filosofia Clínica na UNESC
Criciúma-SC


“Penso, logo existo”, já disse o filósofo Descartes.

Uma das diferenças do homem com os outros animais é o fato dele pensar. No entanto, fico impressionado ao ver como algumas pessoas preferem não pensar e não desenvolvem uma das competências mais importantes para o mundo moderno: aprender a pensar.

É claro que para algumas pessoas o exercício do pensar dá trabalho, dói medularmente. Quem se dispõe a “queimar neurônios”, quando podemos receber quase tudo “de mão beijada”? No entanto eu vejo que sem o exercício da reflexão, corremos o risco de ter vidas vazias, como folhas mortas levadas pelo vento de um lado ao outro. Precisamos aprender a pensar. Talvez só assim tomaremos as decisões mais acertadas.

Em 1995 participei, em nossa empresa, de um seminário designado “Como Empresas Competitivas Aprendem a Aprender”. Durante três dias seguimos um método próprio que levava as pessoas a pensar, refletir, aprender a fazer projetos de uma forma muito simples e acessível a todos. Penso que esse foi um dos grandes passos que demos para o sucesso de nossa empresa, naquele seminário aprendemos a aprender e aprendemos a planejar juntos.

Estamos conscientes hoje que a fonte e o caminho mais seguros para obtermos vantagens competitivas é o conhecimento. O conhecimento para nós é como aquela lanterna que ilumina um pouco adiante nosso caminho, mas que o deixa obscuro lá na frente. Isso, também requer uma integração entre saber e fazer.

Esse projeto nos convoca a um novo humanismo, que amplia o “conhece-te a ti mesmo” para um “aprendamos a nos conhecer para pensarmos juntos” transformando o “penso, logo existo” em “formamos uma inteligência coletiva, logo existimos”.

Hoje, talvez um dos passos para o sucesso seja fazer convergirem os pensamentos das pessoas para uma mesma sintonia, pois numa empresa ou em qualquer outro tipo de organização, dependemos do capital intelectual por ela desenvolvido ou estimulado para crescer. Como presidente de nossa empresa eu percebo que se quisermos uma empresa gigante, precisamos criar gigantes ou, no mínimo, saber identificá-los.

É assim como o mundo me parece hoje. E você, o que pensa sobre inteligência coletiva?

Comentários

Visitas