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Assim ela me parece

Pe. Flávio Sobreiro
Poeta e Filósofo Clínico
Cambuí/MG


A Filosofia Clínica não se divorciou do mundo acadêmico, apenas escolheu dar vida aos pensamentos dos grandes filósofos. Os termos indecifráveis continuam sendo válidos e necessários. Mas a Filosofia descobriu que sem poesia, aromas e sonhos ela não conseguiria chegar a essência do ser humano. Assim nasceu o que foi gestado durante séculos por tantos filósofos e filósofas. A criança ainda está no berço...

Enquanto tantas terapias tem respostas prontas e psicologizadas, a Filosofia Clínica rema contra a maré das respostas prontas e múltiplas. Ela navega pelo oceano da singularidade. Num mundo onde a certeza é o caminho que todos procuram, a Filosofia Clínica demonstra que o incerto é ponto de partida.

Talvez a Filosofia Clínica não seja para todos... Assim como a Psicologia, a Física, a Matemática... não seja para todos... Porém, todas as outras ciências do saber cabem na alma da Filosofia Clínica. O rótulo foi deixado de lado, quando os Filósofos Clínicos descobriram que a diferença é essencial para quem deseja se aproximar dos caminhos que se cruzam na grande teia da vida.

As noites de lua cheia, o silêncio, o poema que estremece a alma, os aroma do café, o cheiro da chuva na terra seca, a música que recorda uma saudade nostálgica... sempre serão matéria-prima deste novo modo de entender e respeitar o ser humano.

A liberdade de ser aquilo que sempre sonhamos em ser, é a única garantia que a Filosofia Clínica pode dar a um partilhante. Ir além desta realidade pode ser perigoso. Mais incerta que nossa historicidade é o caminho que nos propomos a percorrer.

Talvez não haja chegada, mas apenas o início de uma longa viagem com novas maneiras de se compreender aquilo que ainda não tem nome.

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