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Apenas o essencial

Pe. Flávio Sobreiro
Poeta e Filósofo Clínico
Cambuí/MG


Uma das regras fundamentais para quem deseja organizar uma mala de viagem é levar apenas o essencial. Nem sempre conseguimos seguir esta regra. Sempre levamos alguma “coisinha a mais”. O medo do que possa faltar faz-nos exagerar no excesso. E assim partimos... Com muitas malas e excesso de peso.

Ao final da viagem nos defrontamos com uma realidade visível: não usamos a metade do que levamos. Voltamos para casa com o excesso daquilo que nos pesa na alma.

Nem sempre é fácil decidir o que levar. A principio tudo parece importante. Não queremos deixar nada de fora. Enquanto cabe, vamos dando um jeitinho. Muitos quando estão em viagem ficam tristes porque não encontram entre as malas um lugar para colocarem algo que adquiriram ao longo da viagem. As malas estavam tão cheias que nada mais caberia.

Em nossa vida também guardamos em nossa alma sentimentos desnecessários. Acumulamos ódio, raiva, desejo de vingança... Muitas vezes nem temos noção de que estamos sobrecarregando nosso coração com um fardo pesado demais. Em coração pesado não cabe o essencial.

Semelhante às malas de viagem que se tornam pesadas demais e nos impedem de andarmos a um ritmo normal, nossa bagagem emocional quando pesada demais por sentimentos contrários as belas experiências da vida, nos impedem de seguir nossa jornada em paz.

Muitos ficam estacionados ao longo da vida. Param e não tem coragem de abrir as malas da alma e deixar para trás todo um amontoado de sentimentos que os impedem de continuar caminhando. Preferem ficar com a bagagem pesada daquilo que as impedi de serem livres.

Há bagagens pesadas que nos estacionam e há bagagens que são leves e nos impulsionam a descobrir o amor em gestos concretos no cotidiano da vida. O que colocamos nas bagagens do coração podem prejudicar uma caminhada que seria realizada com mais tranquilidade se levássemos apenas o que é essencial na vida.

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