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Sofismas ou a fábrica de doenças.

Lúcio Packter
Pensador da Filosofia Clínica


Nos próximos dias, se puderem, mantenham o computador desligado. Se possível, retirem o HD e o coloquem em um local arejado e seco. Mas se não puderem fazer isso, fiquem calmos e não abram nenhuma mensagem com um arquivo chamado “Olá, bacana!”. É a nova versão do antigo “Lembrei de você!”.

O “Olá, bacana!” é terrível e não tem nada de bacana. Guarde água em casa, não abra a sua porta, independente de quem enviou o “Olá, bacana!”, não abra. Trata-se de um vírus que tem um sorrisinho safado. Cuidado, porque pode parecer bacana.

Pois o bacana vai torrar o seu disco rígido, vai fazer a sua impressora imprimir ao contrário, vai disparar e-mail para todo mundo. Aliás, o vírus veio exatamente de um conhecido seu que gostou do “Olá, bacana!”.

Olha, para o bem de todos, mande este e-mail para todos os seus conhecidos, mande para alguns desconhecidos também por segurança, afinal não se pode conhecer todos os conhecidos.

O “Olá, bacana!” provoca um ruído na placa mãe como se fosse um gemido. Quando a pessoa aproxima o ouvido da máquina logo percebe um ruidinho tipo “hi, back”. Daí o nome aportuguesado de “Olá, bacana!”.

Segundo a BBC e Agenda New Press, é o pior vírus já inventado. Ele foi descoberto ontem à tarde pela Avast!, ainda que ela tenha negado, o que quer dizer que é verdade. Não há vacina. A trilha Zero e o Sector um do Disco Rígido travam imediatamente; alguns simplesmente congelam, mas não se sabe ainda a diferença.

O Ministério da Saúde acha que uma cepa do vírus pode migrar para o ser humano, mas somente para aqueles que usam o computador de modo promiscuo. A Fundação Osvaldo Cruz identificou um caso suspeito no Senado.

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