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Escócia

Lúcio Packter
Pensador da Filosofia Clínica


Em uma acolhedora cafeteria de uma pequena cidade do centro-oeste, onde faço as clínicas didáticas com os alunos, por entre os vidros e letras pastel escritas neles, observo que faz uma tarde muito bonita, o sol se inclina suavemente. A pequena cidade é arborizada em suas ruas longas e retas.

Hoje pela manhã, caminhei pelo centro e agora que meu café chegou, inicio cartas semanais que escreverei por meses a colegas, alunos e leitores que viajarão comigo para a Escócia no segundo semestre. A cada ano, reúno pessoas que desejam viver uma jornada de estudos, conversas, vinhos e caminhadas por algum belo recanto do mundo.

Em 2011 iremos à Escócia, um país que me é familiar e com o qual eu tenho uma afeição antiga. A Escócia começa por muitos lugares, pela Royal Mile, em Edimburgo; pelos castelos em todas as partes; por suas colinas e campinas; por seus vales e highlanders; suas comidas e bebidas; suas tradições, lendas e história; sua linda música com suas gaitas de fole; o kilt; as aldeias; as estradinhas de sonho; as pousadas; os mares; o sotaque carregado e os dialetos; o povo; as fadas e duendes; as enseadas... E então não termina mais. Reunindo estes elementos e outros, temos um dos mais belos e impressionistas cantos deste planeta.

A Escócia é um recanto no qual os elementos se combinam em poesia; acostumei-me a pensar que as highlanders, os caminhos que sobem até Inverness, iniciam- se por um estado de espírito, que já é um lugar.

Nossa jornada de estudos por terras do empirismo, da analítica de linguagem, terá seu ocaso a cada dia em um pub com jazz ou músicas folk. Esta se revelou uma forma de filosofar com possibilidades outras para além da academia, dos textos, das palavras. Vamos então aos ventos e caminhos, quando o outono chegar, ao norte da Europa.

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