Fragmentos filosóficos delirantes XCIV*
"Não gosto de conclusões. Conclusões são chaves que fecham"
"Acontece que meu espelho ficou cansado dessa função de só repetir o que vinha de fora e começou a ter ideias próprias"
"'A ciência normal', diz T.S. Kuhn, 'não procura nem novidades de fato nem de teoria. Quando é bem-sucedida, ela não encontra novidades'"
"'Estou muito curioso sobre aquilo que o senhor irá dizer', alguém comentou a Wilfried Bion, pouco antes de uma de suas conferências. Ao que ele retrucou: 'Eu também..'"
"O entendimento esgota o sentido da palavra"
"Os místicos e os poetas sabem que o silêncio é nossa morada original"
"A verdade é underground, clandestina, subversiva"
"Os poetas buscam as palavras que moram no silêncio"
"Palavras de ordem não toleram as brumas, pois é lá que moram os sonhos. Luminosidade total para tornar impossível sonhar. Pois os sonhos são testemunhos de que a alma se recusa a se tornar um pássaro engaiolado"
"Os olhos que só vêem o visível não podem ver as ausências que moram ali"
"A palavra é apenas a beirada do abismo. O abismo, ele mesmo, está coberto de neblina; nele habita o silêncio. As dez mil palavras que comunicam o conhecimento das dez mil coisas são inúteis: o vento não pode ser capturado por redes, a beleza dos bosques profundos e escuros desaparece se acendemos nossas lanternas"
* Rubem Alves
"Não gosto de conclusões. Conclusões são chaves que fecham"
"Acontece que meu espelho ficou cansado dessa função de só repetir o que vinha de fora e começou a ter ideias próprias"
"'A ciência normal', diz T.S. Kuhn, 'não procura nem novidades de fato nem de teoria. Quando é bem-sucedida, ela não encontra novidades'"
"'Estou muito curioso sobre aquilo que o senhor irá dizer', alguém comentou a Wilfried Bion, pouco antes de uma de suas conferências. Ao que ele retrucou: 'Eu também..'"
"O entendimento esgota o sentido da palavra"
"Os místicos e os poetas sabem que o silêncio é nossa morada original"
"A verdade é underground, clandestina, subversiva"
"Os poetas buscam as palavras que moram no silêncio"
"Palavras de ordem não toleram as brumas, pois é lá que moram os sonhos. Luminosidade total para tornar impossível sonhar. Pois os sonhos são testemunhos de que a alma se recusa a se tornar um pássaro engaiolado"
"Os olhos que só vêem o visível não podem ver as ausências que moram ali"
"A palavra é apenas a beirada do abismo. O abismo, ele mesmo, está coberto de neblina; nele habita o silêncio. As dez mil palavras que comunicam o conhecimento das dez mil coisas são inúteis: o vento não pode ser capturado por redes, a beleza dos bosques profundos e escuros desaparece se acendemos nossas lanternas"
* Rubem Alves
Comentários
Postar um comentário