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Mostrando postagens de maio, 2012
Dizem... que sou louca... Rosângela Rossi Psicoterapeuta, Escritora, Filósofa Clínica Juiz de Fora/MG ...não sou Rita Lee, nem Frida Khalo, muito menos Raul Seixas... sou Eu, como eu sou! "gostante"de mim mesma nesta contra mão cada vez mais livre de ser agir escrever no fazer assim... admiro os loucos os corajosos seguidores de suas almas nem sempre tão nobres sem precisar ser perfeita e agradar sempre apaixonada por Fernando Pessoa, Wood Allen, Chaplin, Drumond... Subcomandante Marcus! Paulo Freire... sem gostar de bebidas e drogas cara limpa e alma intensa amante do silencio e da solidão saudosa de meus avós e pai neta do cinema paradiso filha da beleza razão solta no espaço louca pelo aconchego da minha casa e pela presença de meus filhos e marido a noite me inspira o frio me excita a alma a música me embala ando na escuridão acendo as luzes em pleno dia tomo café expresso com sorvete de chocolate uso um só dedo para escrever ...dizem...
Mauro melhora sufocando Lúcio Packter Pensador da Filosofia Clínica Durante algum tempo as aulas de Filosofia Clínica aconteceram na Universidade Federal do Piauí, em Teresina. Em um pátio cercado de bambuzais, atendi a muitas pessoas em um período de aproximadamente dois anos. Mauro veio à consulta trazendo um livro que recomendava o diálogo, a expressão livre dos sentimentos, sobretudo dos medos, o abrir-se ao outro como maneira de aliviar sintomas e em alguns casos as questões mais profundas. Para ele, isso não o livrava da asfixia. Isso o asfixiava. Sua historicidade era pontuada de explanações, conformações que mostravam que para ele as coisas não poderiam funcionar de outro modo. Não são poucas as pessoas que quando têm questões existenciais conflitantes costumam fazer um recolhimento; lambem suas feridas, cicatrizam alguns ferimentos, procedem em silêncio, longe das conversações, próximas aos monólogos. Somente após uma melhora subjetiva elas conseguem retomar o diálog
Entre as Linhas da Vida Pe Flávio Sobreiro Poeta, Filósofo Clínico Cambuí/MG O tempo passa... Às vezes rápido demais, outras vezes tão lento que nos sentimos presos nele. Há sentimentos que estacionam e outros que correm velozes. Tudo na alma humana é muito complexo. Na verdade somos seres extremamente complexos. Sentimos sabores diversos e aromas únicos. O perfume de trinta anos atrás ainda lembra aquele primeiro encontro. E junto com esta bagagem emocional sente-se o vento refrescante daquela noite, enxerga-se a lua cheia a brilhar no céu, o frio na barriga é tão intenso quanto à longa espera da mulher amada que não chegava. Tudo guardado no baú das emoções de um tempo tão presente quanto à distância dos anos ainda vivos no coração. No mistério da vida se encontra o mistério daquilo que sentimos e vivenciamos. Não há palavras que possam expressar aquilo que foi vivido e sentido dentro de cada coração. Na vida há muito conteúdo impresso na alma. E cada conteúdo traz grifos,
Universos paralelos Luana Tavares Filósofa Clínica Niterói/ RJ Uma prévia preparação talvez tivesse sido aconselhável... mas não houve nenhuma. Na verdade, seria melhor não pensar muito a respeito enquanto a paisagem se transformava ao redor. Apenas a sensação indefinida, uma espécie de “frio na barriga”, confirmava que estava a caminho de um momento tantas vezes insinuado e igualmente esperado. Porque o desconhecido pode causar uma espécie de estranhamento desavisado, daqueles envoltos na névoa que brinca quando não se tem noção do porvir. Quem sabe se por conta do torpor quase sempre presente no coração dos que vivem cotidianos confusos e desencontrados, ou quem sabe se pela ausência de um ser que nem sempre se reconhece, mas o fato é que algumas mentes se recusam a aceitar de pronto qualquer tipo de empolgação e assim vai se conduzindo sem saber bem o que esperar. Então, do nada e de tantos outros lugares transitados pela alma surgem as surpresas, embrulhadas em coloridos
Pensando as redes sociais Miguel Angelo Caruzo Filósofo Clínico Juiz de Fora/MG Quero tratar aqui especificamente das críticas que surgem nas redes sociais, de qualquer forma, inclusive numa forma de intolerância. Frequento cada vez menos as redes sociais. Cheguei a conhecer algumas, mas usei somente o Orkut e o Facebook. Deixei de usar o Orkut e o Facebook ultimamente uso para manter contato com alguns colegas, conhecidos, amigos, para contatos profissionais e para divulgar o Alétheia, de onde vem a maior parte dos acessos. O que tenho observado no facebook, talvez com mais força do que via no Orkut, são pessoas criticando tudo, tendo opinião formada sobre tudo, e tentando impô-la aos demais. No entanto, tenho observado críticas rasas demais, extremamente superficiais. Tanto nas críticas quanto nas defesas de certas posições, os atacantes e os defensores não aprofundam em quase nada – não espero pessoas formadas na área, me contentaria com um mínimo de aprofundamento nas ques
Mulher, página por página. Jussara Hadadd Terapeuta sexual, Filósofa Clínica Juiz de Fora/MG Existem as que vêm prontas e as que precisam de um pequeno preparo. Tem também aquelas que representam precisar de um preparo, mas que no fundo, são bem mais experientes que muitos homens para o sexo. As mulheres e suas facetas. A charmosa, a esperta, a medrosa, a independente, a carente. De meninas a senhoras, tipos e tipos, fazendo tipo de todos os tipos e poucas, bem poucas, ínfimas, a viver uma existência dependendo dela mesma para ser feliz. Estabelecendo critérios de convivência a partir de suas descobertas como ser que sabe o que precisa para ser feliz. Não é fácil, a gente sabe. Mas nem tentar, não cabe mais nos dias de hoje. A ignorância é uma fonte funda de infelicidade. Mesmo que em conjunto com um homem experiente e bem resolvido sexualmente — porque não — hoje em dia, diante de tantas conquistas e de tanta informação, é de bom tamanho que as meninas se cuidem e se prepar
Fruir ou Fluir? Você decide. Ildo Meyer Médico, Filósofo Clínico, Escritor Porto Alegre/RS Você sabe a diferença entre as palavras fluir e fruir? Fluir tem significado de escorrer, escoar, correr em estado liquido. Fruir é totalmente diferente, significa ter prazer, desfrutar, gozar, usufruir. O champagne escorrendo pela garrafa está fluindo, o casal bebendo está fruindo. Maratonistas, concertistas, bailarinos, amantes, poetas, cirurgiões, quando mergulhados em suas atividades, geralmente estão fruindo, ou seja, desligam-se dos problemas mundanos e são capazes de esquecer até mesmo de comer ou dormir, tamanho o prazer que desenvolvem. O processo de fruição não acontece somente com pessoas dotadas de talentos especiais. Enquanto consertamos o rádio quebrado, atendemos um cliente, lemos um livro, voltados verdadeiramente para a tarefa, estamos fruindo. Se fruir é tão prazeroso, por que não continuamos neste estado indefinidamente? O que existe de melhor para fazer? Ficar fr
Fantasia Vânia de Freitas Dantas Filósofa Clínica, Poeta Uberlândia/MG No fundo profun- do de você eu me refaço e me realizo para viver e - mais im- portante - con- tinuar vivendo sem nenhum vírus ou mo- léstia que nos inter- rompa. Assim, qua- se que enclausurado, ainda me sinto com- pletamente livre para tudo aquilo que você ousar. Vista a sua fan- tasia, suas rendas; ren- da-se, encare. Este mo- mento que é só nosso pode durar mais do que você imagina. Pois que sejam só lembranças de prazer. E dor, quase que nenhuma. Porque, se ho- je as relações são uma a- meaça, nosso encontro é uma explosão completa. Eu deixo que você venha; venha tranqüilamente, cons- ciente. E com toda a incosci- ência de que sofrem as bruxas da sedução. Me tome, te entrego. Vem... Nota do Editor: poema impresso em marcador de página para a Campanha de Prevenção da Aids, da Secretaria Municipal de Saúde de Uberlândia e distribuído durante o Carnaval.
Fragmentos filosóficos delirantes XCIX* "(...) vocábulos que estão em permanente estado de mutação, em peças de um caleidoscópio, dando a mais inesperadas combinações" "A língua da análise científica, esqueletizada pelo uso de abstrações, é rica de termos que definem e determinam as coisas em todos os sentidos, porém é pobre de palavras, criadoras de imagens" "O artista que aspire a pensar originalmente e a dizer coisas próprias de seu tempo deve preparar a língua de que necessita com suas próprias mãos" "O poeta imagina, a imaginação vê o mundo como não é... finge, inventa, não imita (...) criador, inventor, não imitador, eis o caráter essencial do poeta" "As regras nascem quando falta quem pense (...)" "O mal de nossa época é que a poesia já esteja reduzida a arte, de modo que, para ser verdadeiramente original, é preciso romper, violar, desprezar, deixar de parte inteiramente os costumes e os hábitos e as noções de
Noite... Olympia Filósofa Clínica, Poeta São João del Rei/MG Vizinho de quarto Esperança - perda Alegria - dor Riso - choro Movimento - estagnação Gente - fragilidade Coração - vazio Cheiro - ausência Voz - silêncio Possibilidade - nada Vida - morte Caminhos...
Deuses e Gregos Rosângela Rossi Psicoterapeuta, Filósofa Clínica, Escritora Juiz de Fora/MG Que os deuses do Olimpo nos habitam não há como duvidar politeístas, múltiplos,vastos e devassos sem religião, nem diabos libertavam e destruíam Dioniso, Apolo, Afrodite... Socrátes e Platão bem sabiam Pré-socráticos intuiram e criaram a filosofia pois podiam pensar livremente escolher caminhos sem "ismos" sutis viam os dois lados da moeda o bem e o mal misturado luz e sombra, lado a lado complementares herdamos a reflexão renascentistas perceberam ...e nos perdemos na Idade Média buscamos freneticamente salvadores abandonamos os deuses e fugimos do Olimpo empobrecemos na miséria passamos a ver apenas o mal na busca desenfreada do bem na repressão paralizamos que retornem os deuses gregos! que retorne a alma! que nos libertemos das lentes moralistas e trilhemos os abismos e as florestas deixando de lado o ego heroíco caminhando como humanos observan
Simplesmente Luana Tavares Filósofa Clínica Niterói/RJ Na vida, em geral, nem sempre compartilhamos sentimentos... estes, às vezes, estão potencialmente defasados, como se buscassem uma completude que nunca se realiza. Invariavelmente não é algo que se deva lamentar, apenas é o que acontece. Concretizamos o que somos capazes de exercer e externar, ainda que sem limites para novos voos. Cada um sente ao seu modo... e todos são válidos! É provável que nos apaixonemos por aquilo que mais valorizamos, procurando no outro o que nos identificamos ou, eventualmente, o que falta em nós. Mas talvez essa busca seja exatamente o que nos sublima, pois dela extraímos sentidos e horizontes. Quando entendemos que as subjetividades são compreendidas a partir de tudo o que nos revela, no sentido próprio do que nos compõem, realizamos um encontro com nossa própria essência e isto nos remete ao que acreditamos que somos ou ao que achamos de nós mesmos. Com os sentimentos também pode
Ao Deus desconhecido Miguel Angelo Caruzo Filósofo Clínico Juiz de Fora/MG “De pé, então, no meio do Areópago, Paulo falou: ‘Cidadãos atenienses! Vejo que, sob todos os aspectos, sois os mais religiosos dos homens. Pois, percorrendo a vossa cidade e observando os vossos monumentos sagrados, encontrei até um altar com a inscrição: ‘Ao Deus desconhecido’. Ora bem, o que adorais sem conhecer, isto venho anunciar-vos’” (Atos dos Apóstolos 17, 22-23). Quais templos de dúvidas estamos reservando ao Deus desconhecido? Será que podemos colocar um deus no lugar de um templo cujo lugar esteja reservado para as nossas maiores dúvidas. Preenche-lo não seria um abandono da possibilidade das buscas? Será que não é a busca que move o homem e este cada vez que responde definitivamente determinadas questões acaba diminuindo suas capacidades e movimentos naturais da vida? Mestre Eckhart, místico medieval dizia que as imagens de deus eram criações que o afastam de deus. Portanto, a máxima dele
Fragmentos filosóficos delirantes XCVIII* "Aonde chegaríamos se quiséssemos despir o conceito dos primórdios de sua natureza relativa ? Só existem começos relativos" "Certas conquistas da alma e do conhecimento não podem existir sem a doença, a loucura, o crime intelectual" " Na esfera de Lessing, nós nos acostumamos a relativizar as coisas, a humanizar o conceito de verdade, e nos habituamos à ideia de que os critérios do que é verdadeiro residem menos na verdade defendida do que naquele que a defende" "A palavra é recriada, sem que tenha sido gasta, é única, como se fosse retirada pela primeira vez do seio da linguagem, reinventada, reassociada com o seu sentido de maneira que esse sentido começa a transcender estranhamente (...)" "(...) os amigos da humanidade e da perfectibilidade que acreditam que o ser humano almeja a felicidade e a vantagem, quando na verdade ele também anseia por sofrimento, essa única fonte do conheciment
FRIO* Dia nublado Úmido e frio Aconchego, fogão a lenha Batata picada miudinha Tempero verde e alho Transforma numa delicosa Sopinha de batata Aroma invade Toda casa Sabor da infãncia Trás personagens Daquele tempo Eta vida ligeirinha *Olympia Filósofa Clínica São João del Rei/MG
Loucura – danação da norma Vânia Dantas Filósofa Clínica Uberlândia/MG Pensei em escrever sobre os itens a loucura como tentação/danação à norma e observei a presença dela nos artistas, nas mulheres e nas clínicas, levada por diferentes motivos, dentre os quais a compulsão, a percepção, a sociabilidade e a mente. Percebe-se momentos de loucura quando o ser não suporta o abstrato ou o sensorial e desmonta por dentro ou por fora, tendo como motivos o que ele acha do mundo e da vida batendo de frente com seus preconceitos, as buscas que tem em confronto com os próprios valores, e daí pra uma série de outras coordenações tópicas possíveis. No mundo dos críticos perfeitos é possível rotular qualquer um. Segundo José Ângelo Gaiarsa , trata-se da expansão do sentimento egoísta na sociedade: o que não faz parte da família é estranho e não merece cuidado. O cliente nem sempre tem razão simplesmente porque o ser humano não é único e universal. A sociedade é uma fábrica de alienados
Eu só quero saber do que pode dar certo. Jussara Hadadd Terapeuta Sexual, Filósofa Clínica Juiz de Fora/MG O que é dar certo? O que pode dar certo? Não, melhor perguntar, como pode dar certo? E melhor, a quem perguntar? Como não errar? O que é tacanho, quase sempre é o pressuposto que sugere o erro. É pensar que sabe como fazer para tudo dar certo. Que não necessita do que o outro pensa, que o outro deve se enquadrar e pronto. Ou então, o ridículo imaginário que o outro pensa como você e deseja o mesmo que você. Ou o que é pior, que o outro está tão disposto quanto você. É como alguém que acredita piamente que o tempo resolve tudo. Alguém um dia disse isto. É mais fácil e menos trabalhoso. Mas e se, o outro, prefere ajeitar as coisas, esclarecer, resolver se aceita ou não? Como assim o tempo resolve tudo? No máximo acomoda tudo e na maioria das vezes, por falta de comunicação, por omissão, oportunidades valiosas são perdidas. Bom, mas tem quem prefira ir pulado de galho em g
Ir ao Mundo do Outro Beto Colombo Empresário, Filósofo Clínico, Coordenador da Filosofia Clínica na UNESC Criciúma/SC Querido leitor, paz! Desde que passei diariamente a falar na Rádio Som Maior, muitas pessoas que me encontram debatem na rua, fazendo suas ponderações, assim como também fazem sugestões de temas e, geralmente, os acolho. Hoje, por exemplo, vou falar de um tema sugerido pela xará Albertina Manenti Silvestrini. Refiro-me ao livro “Operação Cavalo de Tróia”, de JJ Benitez, lançado em 1984, que conta que no fim da vida, em seu refúgio no México, um militar e cientista da Força Aérea estadunidense confia a ele documentos que, surpreendentemente, revelam a execução de uma experiência que lhe permitiu voltar no tempo. Na verdade, retornar quase dois mil anos e ser testemunha ocular e participante dos últimos dias de Jesus Cristo na terra. Ele foi testemunha de sua entrada em Jerusalém, de sua prisão, julgamento, crucificação e ressurreição. Esta experiência, batizad
Fragmentos Filosóficos Delirantes XCVII* "(...) as conclusões a que chegamos através do raciocínio tinham muito pouca ou mesmo nenhuma influência para alterar o curso de nossas vidas" "Diante do desconhecido o homem é aventureiro. Dar-nos uma sensação de esperança e felicidade é uma qualidade do desconhecido. O home sente-se robusto, jovial. Mesmo a apreensão que o desconhecido desperta é muito gratificante. Os novos videntes viram que o homem fica em sua melhor forma diante dele" "Um nagual deve ser flexível o suficiente para ser qualquer coisa. Ser um nagual, entre outras coisas, significa não ter nenhuma posição a defender" "(...) os antigos videntes se concentraram exclusivamente no desenvolvimento de milhares das mais complexas técnicas de feitiçaria. Acrescentou que o que nunca perceberam foi que seus métodos intrincados, por mais bizarros que fossem, só tinham valor como meios de quebrar a fixação de seus pontos de aglutinação e faze
Outra resenha Livro - Poéticas da singularidade Por Prof. Dr. José Mauricio de Carvalho Chefe do Departamento de Filosofia da UFSJ (Universidade Federal de São João del Rei/MG) 16 de November de 2008 STRASSBURGER, Hélio. Filosofia Clínica, poéticas da singularidade. Rio de Janeiro: e-papers, 2007. 116 p. O livro de Hélio Strassburger expõe suas experiências fazendo um relato singular da filosofia clínica por um terapeuta experiente e sensível. O autor percorre em vinte e seis pequenos textos os momentos fundamentais da relação clínico-partilhante e das singularidades desse processo, valendo-se do estilo poético. A filosofia clínica é apresentada como “escrita em reciprocidade de compartilhar (...) aquilo que, para muitas pessoas, é o mais sagrado, sua história de vida” (p. 7). Essa é sua forma de reconhecer que existir é coexistir. É sobre esta relação compartilhada que o autor descreve “uma fenomenologia do fazer clínico que esboça encantamentos indizíveis ao olhar de sens
Por que confiar? Ildo Meyer Médico, Filósofo Clínico, Escritor Porto Alegre/RS Faz tempo que tenho vontade de escrever sobre confiança. Alguns bloqueios e muitas dúvidas seguraram meu ímpeto de colocar no papel o que pensava. Precisei conversar com pessoas, testar níveis de confiança, fazer pesquisa de campo até decidir compartilhar minhas idéias. Para uns, confiança é um ato de fé e dispensa raciocínio; para outros, confiança não é inata e precisa ser conquistada. Seja como for, confiança é algo a ser dado ou emprestado a alguém como crédito ao bom comportamento. Funciona como um presente que é ofertado em determinado momento da relação e sinaliza uma expectativa de que esta pessoa ou entidade está orientada para decidir nossos interesses tão ou melhor que nós mesmos faríamos se estivéssemos em seu lugar. Resumindo, confiança é a previsibilidade de valores comportamentais em qualquer situação, até mesmo diante do imponderável. Cabe uma indagação: é possível prever o com
Anaxímenes e o aproximar-se do que não distancia Miguel Angelo Caruzo Filósofo Clínico Juiz de Fora/MG Anaxímenes, continuador do processo iniciado por Tales e discípulo de Anaximandro, escreveu uma obra intitulada Sobre a Natureza. Esse filósofo voltou sua atenção à meteorologia e foi quem primeiro disse que a Lua recebe luz do Sol. Embora pouco se falou dele na nascente história da filosofia, foi considerado o principal da escola de Mileto, da qual vieram os dois filósofos supracitados. Depois de Tales postular que o elemento fundamental do todo é a água e Anaximandro dizer que é o ápeiron, indeterminado, ilimitado, Anaxímenes apresentará outra tese. Segundo este, o princípio é o ar. Mas, ao introduzir essa definição acrescenta definições por analogias que geram uma série de interpretações. Primeiramente, nos voltemos para o que disseram os comentadores de suas sentenças. Simplício diz que assim como os filósofos predecessores, Anaxímenes afirma uma natureza como subjacent
Flores pelo caminho da alma Rosângela Rossi Psicoterapeuta, Filósofa Clínica, Escritora Juiz de Fora/MG O vento vai trazendo e levando sementes. Plantando sonhos e desejos. Imaginando. Devaneios múltiplos. Angustiadamente duvidando assobiando vai. Lá vai o vento e o tempo! Lá vai! Pelos caminhos pedregosos, Flores, entre meios, escutam o vento. E se deliciam sem ao menos se entristecer. Há mais sentido em tudo Do que se enrigecer diante os vendavais. Render e se deixar levar, Como as folhas e flores, Acendem a alma e encantam a vida. As flores pelo caminho da alma Dão lições que nem mesmo o vento, Com toda sua serilepice, Consegue alcançar. Quem tem ouvidos aprende. Quem vê através da alma, imagina. Quem planta colhe poesia.
As paredes do labirinto Vânia Dantas Filósofa Clínica Uberlândia/MG Alguns cogumelos vivem no mundo real; para eles, o devir é o que existe: a grama, a pedra, o orvalho que bebem, o tronco das árvores que eles mesmos ajudam a decompor. Há os que sonham, saltitam no imaginário, um outro mundo no qual Platão preferiria viver e no qual plantava a sua verdade. Era assim pra ele, diria o Hélio. É assim para muitos. Lá eles são fortes, têm bolinhas azuis na sua copa de guarda-chuva vermelho e por dentro são uma sanfona macia e doce. E há ainda os seres simbólicos, metafóricos, psicodélicos, mitológicos, que existem em outra dimensão, flutuam para não se espatifarem sobre os blocos duros da realidade – e nem do sonho, imagina! Conseguem sumir do espaço insosso, espaço grosso no qual vivem e que não conseguem mudar. A rotina de ir à missa, diz minha mãe, é um meio de vida para se ter condições para sobreviver na vida a que se reservou o cogumelo bege. Quero passar algumas coisas mar

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