Pular para o conteúdo principal
Fragmentos Filosóficos Delirantes XCVII*


"(...) as conclusões a que chegamos através do raciocínio tinham muito pouca ou mesmo nenhuma influência para alterar o curso de nossas vidas"

"Diante do desconhecido o homem é aventureiro. Dar-nos uma sensação de esperança e felicidade é uma qualidade do desconhecido. O home sente-se robusto, jovial. Mesmo a apreensão que o desconhecido desperta é muito gratificante. Os novos videntes viram que o homem fica em sua melhor forma diante dele"

"Um nagual deve ser flexível o suficiente para ser qualquer coisa. Ser um nagual, entre outras coisas, significa não ter nenhuma posição a defender"

"(...) os antigos videntes se concentraram exclusivamente no desenvolvimento de milhares das mais complexas técnicas de feitiçaria. Acrescentou que o que nunca perceberam foi que seus métodos intrincados, por mais bizarros que fossem, só tinham valor como meios de quebrar a fixação de seus pontos de aglutinação e fazer com que se deslocassem"

"Dom Juan havia-me repetido que os guerreiros vivem com a morte ao lado, e do conhecimento de que a morte está com eles retiram a coragem para enfrentar qualquer coisa. Ele dissera que o pior que nos pode acontecer é termos que morrer, e já que esse de qualquer modo é nosso destino inalterável, somos livres; aqueles que perderam tudo nada mais tem a temer"

"(..) a percepção coerente mas irracional de que tudo que aprendemos a perceber está inexplicavelmente ligada à posição em que o ponto de aglutinação se encontra. Se ele é desalojado daquela posição, o mundo deixa de ser o que é para nós"

"(...) vê-lo sozinho, sem a ajuda de ninguém, era um passo importante, porque todos temos certas ideias que devem ser quebradas para que sejamos livres; o vidente que viaja para o desconhecido a fim de ver o incognoscível deve encontrar-se em um estado impecável de ser"

* Carlos Castañeda

Comentários

Visitas