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Música na experiência pessoal*



Neste texto o foco será uma experiência pessoal. Minha experiência com a música, ou um aspecto dela em minha vida, ou em parte desta. Depois do início do cinema muitas vidas passaram a pautar seus momentos marcantes com músicas, trilhas sonoras de suas histórias.

Tenho certeza de que não falo somente da minha. Seja no âmbito da paixão, amor, relacionamento, acontecimentos importantes, mudanças nos rumos da vida, experiências religiosas, todas costumam levar consigo uma música de fundo. E o interessante é que essa música será o gatilho para diversas lembranças vivenciadas. Sejam essas boas ou ruins.

No meu caso, poucas são as músicas “gatilho”. E elas geralmente me conduzem a momentos que foram muito bons, embora carreguem consigo a nostalgia de um tempo que não voltará. Por vezes me proponho a não ouvir mais essas músicas. Mas, em outros momentos as tomo na lista que tenho guardada no computador e ouço. Por que faço isso? A resposta não me vem com tanta facilidade e, por isso, penso que seja válido arriscar um palpite, embora não destituído de momentos de reflexão a respeito.

Penso que as vivências fortes nos levam (ou me levam) a grandes mudanças de paradigmas na vida. Tamanha foi a influência exercida que seu acontecimento precisa de uma música, as vezes com uma letra que sequer condiz com o fato, para desencadear uma série pessoal de história.

Confesso que escrevo essa pequena colocação com uma dessas músicas. Isso torna a reflexão não apenas factível para mim, mas tão vivencial que expressá-la se torna mais fluente. Não vou dizer qual a música nem o que ela me traz à mente. Mas, afirmo que foi incrível e que dificilmente essa experiência que a música está suscitando será apagada em minha curta passagem pela Terra.

E você, tem alguma música ou trilha sonora de determinado momento de sua vida? Um grande momento com amigos? Uma vitória alcançada? Uma amizade feita ou desfeita? Uma experiência de rompimento com paradigmas que faziam mal? Um nascimento? Um renascimento? Uma morte? Um amor nascente, mantido ou terminado? Um que remeta a sonhos realizados?

Se você, caro leitor, não se identifica com esse relato, não se preocupe. Isso é como eu experimentei determinadas coisas no mundo. Experiências são tão diversas quantas são as pessoas. Talvez haja formas muito mais profundas de vivenciar ou relembrar grandes experiências. E a forma presente foi apenas a minha maneira.

Sei que na medida em que alguns se identificarão, outros sequer concordarão. Penso, por fim, que o importante é viver, e viver da melhor forma possível. A vida é curta e o destino indecifrável. Temos o agora e as coisas passadas. Construir hoje o amanhã esperado é a única ação possível, segundo minha perspectiva.

Carpe Diem!

*Miguel Angelo Caruzo
Filósofo Clínico
Juiz de Fora/MG

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