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Mostrando postagens de agosto, 2012
SOLIDÃO OU SOLITUDE* Conquistar ou encontrar o grande amor de sua vida, pode ser muito fácil ou muito difícil. E depende muito do que você está procurando de verdade. E a dificuldade se instala exatamente neste ponto! Você sabe o que está procurando? Mulheres que já chegaram à casa dos trinta, que são independentes econômica e financeiramente, lindas, ultra bem cuidadas, ainda têm dúvidas quanto o que seria ideal para compartilharem em amor, em vida conjugal. Muitas dizem não ter sorte, que não existe homem disponível. Duvidam de sua competência como mulheres. Outras se expõem ao risco do envolvimento com qualquer pessoa, de qualquer jeito em uma busca inconsciente de algo, de alguém que as fará sofrer. Se envolver com qualquer pessoa, só para ter alguém, justificando para a sociedade que foi capaz de casar-se e exercer domínio sobre alguém, é coisa do passado onde as moças eram treinadas para isto. O homem podia ser uma peste, mas se fosse julgado pela família, pelo meio, que
Pois então!* Dor de medo da felicidade que se aproxima... Antes tudo era só vontade e esperança, agora, depois de tanto querer e sonhar e desejar estou mais próxima do meu sonho realizado! Porém, aqui dentro confusão de sensações: Medo, angústia e dor. A felicidade trás espasmos pra minha alma e muitas vezes parece que o choro brota como alívio nem sei de que. Situação sem endereço, sem finalidade aparente ou racional. Emoção a flor da pele eu sou e sempre serei por mais que tente negar! Ansiedade corre veloz no centro do peito, somente a arte pra extravasar... Mesmo com dores dos excessos de ensaios eu quero mais dançar e dançar, porque não há limite para a alma e agora que aprendi a voar eu sei que posso mais e mais e ninguém me segura não! Respiro uma, duas, três vezes... Lembro de cada movimento conquistado e repetido e como num orgasmo pulsante eu quero mais e mais dançar! Loucura é viver sem arte, sem alguém para amar... Loucura é não chorar mil vezes, loucur
Faz-me Casto, mas não Ainda* Querido leitor, que você esteja em plenitude. 28 de agosto festeja-se o dia de Santo Agostinho, uma das personalidades mais destacada da história da filosofia, principalmente entre os cristãos. Agostinho nasceu na cidade de Hipona, no norte da África em 354 depois de Cristo, porém, suas viagens o levaram para longe de casa, pelo mundo mediterrâneo, até sua morte na sua cidade natal. Seu pai era pagão, já sua mãe Mônica era uma mulher simples de fé cristã. Agostinho se afastou do cristianismo na adolescência e aos 18 anos lançou-se numa busca filosófica que o levaria a frequentar várias posições intelectuais diferentes, antes de se voltar ao que ele chamou de cristianismo católico. Primeiro Agostinho abraçou a doutrina do profeta persa Mani, o maniqueísmo do século III depois de Cristo. Para Mani, o universo é o campo de batalha entre forças do bem e do mal, da luz e das trevas. Depois se tornou um filósofo cético da sua época do tipo predominante na
Solidão Singular* Foi Clarice Lispector quem escreveu: “Minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem de grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite.” Na alma humana existem prisões e campos de liberdade. Perspectivas diferentes que habitam manhãs e tardes no tempo de cada coração em silêncio ou canção. Diante da singularidade da vida, cada ser humano irá vivenciar dentro de si um jeito diferente de ver e viver sentimentos e sensações que são próprias de sua historicidade, cultivadas no solo dos terrenos de suas experiências únicas e outras vezes plurais. No tempo e no lugar de cada história a solidão pode ter um papel fundamental ou destrutivo. Contudo ela pode ainda não ter nenhum papel existencial tendo em vista a Estrutura de Pensamento de cada um. Aquilo que em im é vida poderá nunca ser gerado na alma do outro. Em nossa sociedade a solidão ganhou várias matizes, formas e conceitos. Há aqueles que defendem a solidão como espaç
Filosofia Clinica - uma abordagem terapêutica com base na singularidade* Vivemos numa época de pensamentos antagônicos, onde a tecnologia e a rapidez de comunicação das mídias sociais convive sem problemas com as mensagens de auto-ajuda e correntes de pensamentos positivos. Como comenta Edgar Morin em "A minha esquerda", há uma percepção geral de que as necessidades humanas não são apenas econômicas e técnicas, mas também afetivas e mitológicas. Enunciado este, já feito pela banda Titãs com a música, "a gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte". A possibilidade de pensar os problemas de cada um em específico, entendendo a pessoa dentro do seu universo e da sua linguagem, entendendo e trabalhando suas necessidades no sentido do seu bem-estar, é o que se propōe a Filosofia Clínica. A Filosofia Clinica é nova abordagem terapêutica, Idealizada na década de 90 por Lúcio Packter, um médico gaúcho, que tem como fundamento teórico a filosofia.
Fragmentos filosóficos delirantes XCXIX* "(...) não acredito mais na expressão: acredito somente na alusão" "Suponho que haja tantos credos, tantas religiões, quantos são os poetas" "(...) Volto àquela tarde sul-americana já antiga e vejo meu pai. E o vejo nesse momento; e ouço sua voz dizendo palavras que eu não compreendia, e no entanto sentia" "(...) de súbito a palavra ganha vida" "Há versos, é claro, que são belos e sem sentido. Porém ainda assim têm um sentido - não para a razão, mas para a imaginação" "Suspeitei muitas vezes que o sentido é, na verdade, algo acrescentado ao verso. Tenho plena convicção de que sentimos a beleza de um poema antes mesmo de começarmos a pensar num sentido" "(...) imagino que uma nação desenvolve as palavras de que necessita" "Os homens buscaram parentesco com os derrotados troianos, e não com os vitoriosos gregos. Isso talvez porque haja uma dignidade na derro
Folhas da Lua* Parte de minha alma se esvaiu no infinito Perdeu-se procurando sonhos Acalentando vislumbres esvoaçantes Não tem volta... Mas outra acaba de se encontrar Nasceu de encantos que não definham Como paralelas que se flagram Tal voo de gaivotas A espreita de algo Que simplesmente surge E depois se perde novamente Folheando as fases da Lua Viro páginas... O que sou não importa Só o luar conta! *Luana Tavares Filósofa Clínica Niterói/RJ
O que te impede de beijar assim?* A idéia de escrever um texto contando como foi meu aprendizado do “melhor beijo do mundo” e deixar a revelação da técnica em suspense, tinha a intenção explícita de estimular a fantasia dos leitores, porém a proposta era ainda maior. Gostaria também que refletissem acerca de quem, como, quando e porque estão beijando ou deixando de dar e receber este presente. Não existe a fórmula do beijo perfeito ou descrição da melhor forma de beijar, a qualidade está muito mais na cabeça dos parceiros que dentro das bocas. Sentimento e emoção são os ingredientes, sem isto o beijo torna-se morno, insosso, indiferente, vazio. O gosto do beijo vai melhorando na exata medida da entrega dos amantes e da veracidade do sentimento. O segredo que minha amiga ensinou para tornar cada beijo único e inesquecível é beijar sempre como se fosse a última vez. A derradeira despedida. Vivenciar o instante com toda a intensidade, sentir que precisa preservar o momento, segu
Mudando perspectivas* Passamos do geocentrismo para o heliocentrismo, do teocentrismo para o antropocentrismo. A Terra não é o centro do universo, o homem é a medida de todas as coisas. O sol é o centro do nosso sistema planetário, mas está longe de ser o centro de nossa galáxia, a Via Láctea. O sol nem é mais a estrela de quinta grandeza entre as conhecidas. Agora é muito menor. A Via Láctea é um imenso sistema com planetas e estrelas dentre inúmeras galáxias. Até o fim da Idade Média, tudo girava em torno da Terra. O homem media sua importância por aquilo que a divindade lhe concedia, pela revelação, em algumas culturas. O homem era altamente valorizado, por exemplo, pelo Deus judaico-cristão. Os cristãos ainda tiveram um Deus que se fez homem para elevar os homens à dignidade de seu convívio na eternidade. Mais do que isso, o Reino de Deus já acontecia no tempo, no qual todas as coisas tendem a ser corruptíveis, frágeis, falhas, limitadas, e os homens, pecadores. A era
Substrato* Quero dia a dia mais leveza meu mundo mais suave que minhas armas obsoletem. Fazer um ninho de livros amortecido por paginas rasgadas de linhas que ninguém deve ler. Quero exercer todas as minhas competências Acima de tudo, superar limites e estar sempre em mim . Podendo visitar o outro nele mesmo, sem tornar-me refém de projeções. Quero a liberdade do saber. Eis aqui um substrato do meu mundo como vontade de poder. *Alba Regina Bonotto Psicóloga, Filósofa Clínica Curitiba/PR
Pretéritos* Nada é como antes porque tudo se faz novo a cada instante de um tempo sem nome nascido de saudades de outonos com cores de primavera a dor que chega na alma parte sem despedir-se nada é como no futuro de uma passado sempre sonhado de novas estações sem cor e com amor no tempo que me cabe o tempo que não conheço no que sou ainda o que serei nada é como no passado onde o presente nunca foi futuro e nas despedidas de hoje a espera do amanhã da noite que se foi e do dia que ainda vai chegar *Pe. Flávio Sobreiro Poeta, Filósofo Clínico Cambuí/MG
Poéticas do indizível* “(...) Graças às sombras, a região intermediária que separa o homem e o mundo é uma região plena, de uma plenitude de densidade ligeira. Essa região intermediária amortece a dialética do ser e do não-ser.” Gaston Bachelard Uma crença muito antiga aprecia atualizar-se nesse enigmático hoje que um dia foi amanhã. Poderia ser o pretérito imperfeito de uma busca ou aquele quase nada onde tudo acontece. Atualização de um dialeto nem sempre dizível, se alimenta nas fontes inenarráveis, nos paradoxos, nas desleituras criativas. Seu visar inédito sugere desvãos ao mundo que se queria definitivo. Costuma ser abrigo do acaso na versão do avesso das coisas. Ao referir o encantamento das pequenas devoções, parece ter a vocação de traduzir esse texto interminável, por onde a vida escoa seus segredos. Realiza um esboço sobre as tentativas de decifrar por inteiro um mundo que é mistério por natureza. A característic
Leituras de Filosofia Clínica IV* Tive o grande prazer de ler a obra do prof. Dr. José Maurício de Carvalho (UFSJ) intitulada Filosofia Clínica, estudos de fundamentação. Trata-se de um vasto trabalho de conclusão de sua especialização em Filosofia Clínica. Após ler o livro que, além dos capítulos, apresenta várias resenhas de grande qualidade em anexo, seria uma vergonhosa pretensão me propor a fazer uma resenha dessa obra. Portanto, intento expor em poucas linhas uma impressão acerca de tão valorosa obra. Carvalho apresenta seu livro em cinco capítulos e no fim acrescenta um apêndice com resenhas de nove obras de outros autores sobre Filosofia Clínica. No primeiro, nos trás a Filosofia Clínica em seus aspectos gerais, incluindo a exposição de cada tópico da Estrutura de Pensamento e todos os Submodos – os Exames Categoriais, como fundamentais para que o conteúdo seja totalmente contemplado, foram evidentemente apresentados. No segundo capítulo, trata da tese central de todo
O Melhor Beijo do Mundo* A conversa corria solta no botequim quando meu amigo contou de um tio muito experiente em baladas noturnas e especialista em beijos. Havia lhe ensinado o melhor beijo do mundo e agora também ele desfrutava deste segredo e prazer com as mulheres. “Como beijar” não é o tipo de conversa que homens costumam ter enquanto bebem, e por conta disto, o assunto não progrediu. O fato de uma conversa ter sido interrompida não significa que o recado não foi dado. O assunto foi trocado, mas a curiosidade permaneceu agendada em meu cérebro. Como seria o tal beijo? Demorado, olhos fechados, molhado, mordido, línguas em labirinto, ininterrupto? Estilo Hollywood? Roubado, decidido, precedido de uma conversa, um carinho, um olhar? As opções eram tantas que me desestimularam a ir adiante. Achei que classificar um beijo como o melhor do mundo não era algo sério e registrei apenas as variantes catalogadas. O destino queria que o assunto fosse adiante e criou a oportunidad
Tem certas coisas que a gente não esquece* Estive recentemente em Paraty e conheci um artista plástico que faz pinturas em lonas de caminhão reciclado. Quando entrei em seu ateliê me deparei com um quadro que não me sai da cabeça. Era uma pintura belíssima de uma mulher com uma rosa vermelha sobre seu vestido. A sensação é que a rosa está flutuando por cima da tela. Eu adoro rosas vermelhas e senti que esse quadro fazia parte de uma parte de minha alma que nem mesmo o artista poderia saber. Então, pensei nas coincidências da vida e nos encontros 'sem querer'.. Será que realmente são 'sem querer'? Hoje estou inclinada a acreditar mais no que defendia Jung, grande pensador, discípulo de Freud: são sincronicidades. Se eu tivesse questionado isso ontem diria que sim, são 'sem querer', mas hoje aconteceram tantas coisas comigo que venho me questionando! Pareciam respostas dadas por uma força maior e, de repente, tudo fez sentido e compreendi o meu mundo. Qu
O que pode ser* Nas expressões das verdades interiores (de cada ser pensante) que nos atropelam por aí, quantas vezes não nos pegamos pensando sobre a vontade que dá de, inadvertidamente, dizer também o que pensamos ou sentimos ou as duas coisas, a partir de nossas próprias perspectivas, sobre elas. Diante de tais situações que vão despencando, aqui e ali, pode ser que baste um olhar mais atento a nossa volta para entender que verdades são incontestáveis, uma vez que cada um tem a sua – e certamente a receita jamais se repete – a forma provavelmente é lançada na fogueira a cada criação, e os desígnios são apenas as assimilações de como a vida um dia se projetou para cada um, pautada tão somente em textos e contextos para lá de subjetivos. Porque, afinal, origens e fins acontecem todos os dias! Só podemos então falar por nós mesmos... e ainda assim esta fala já não será mais a mesma coisa infinitésimos de segundos depois. Até a imagem que selecionamos e captamos já não é a mesma
Distâncias* Na dor de manhãs sem nome reescrevo as alegrias de outrora percorro montanhas e atravesso vales encontro o perdido e me perco no achado no mistério que do silêncio se faz nome encontro-me com a vida e nela me perco em mim mesmo daquilo que sou apenas a incerteza que nasce de verdes esperanças em tardes que se anunciam novas estações de tempos sempre novos que germinam no solo das possibilidades que em mim cultivo nas impossibilidades a certezas quase sempre incertas da fé que me refaz humano em outros passos e caminhos desenhados com as cores dos sonhos que sempre serão novos enquanto acreditar que a vida é sempre uma alegria a ser sempre redescoberta nos retalhos de velhos sonhos que sempre são novos em minha alma que clama pelas esperas ainda não reconciliadas Pe. Flávio Sobreiro Poeta, Filósofo Clínico Cambuí/MG
Dialogar* Sobre a Filosofia Clinica Dialogar ou não com as outras linhas Terapêuticas. Estudei por sete anos Psicologia e por questões circunstanciais, tive contato direto com a Psiquiatria, estudando e aprendendo durante 12 anos. Convivi com terapeutas do Brasil inteiro, tive uma clinica de terapia comportamental e eu mesma como paciente fiz terapia cognitiva, Gestáltica, psicanalítica até chegar na Filosofia Clinica. Com isso , acho que posso dizer alguma coisa enquanto paciente e como estudante e pesquisadora. Entendo que se tem uma linha que dialoga com as outras é a Filosofia Clinica, primeiro por ser honesta no sentido de dar o mérito de sua fundamentação a mãe de todas, ou seja a própria Filosofia, que por si só já é um oceano tão grande e recheado de conteúdos que poderíamos dela já ter múltiplas e infinitas linhas terapêuticas. Segundo porque profissionais de todas as áreas podem fazer o certificado B, que da a base teórica a clinica filosófica, porem para a prati
Phaínesthai como critério de verdade nas redes sociais* Estava a refletir sobre fenômenos nas redes sociais que mostra o quanto podemos nos equivocar, com o que se apresenta como uma verdade inconteste.Segundo o filósofo Russerl que deu um conteúdo novo a essa palavra tão antiga. O termo fenômeno, örigina-se etimologicamente do verbo grego PHAÍNESTHAI, que significa "mostra-se".Fenomêno, quer dizer:ö que se mostra em si mesmo,o que se revela. Na verdade o que vejo nas redes sociais, ainda não se aproximou do conceito grego Phaínesthai, por falta de oportunidades de leitura e reflexão, perdemos a oportunidade do conhecimento do outro SER real do outro lado de nosso laptop,viramos um emaranhado de entes passeando nas redes, postando argumentos, verdades e inverdades do outro, para deleite e degustação muitas das vezes masoquistas do outro, através dos posts e de curtidas sem explicações e justificativas. Mergulhando na caverna, visitamos a ilógica da via unica, onde to
A gente não quer só comida... A gente quer fazer amor.* Perguntamos aos internautas como andava sua satisfação em relação a sua sexualidade. Para nossa surpresa, já que, em tempos modernos, todos se declaram resolvidíssimos neste assunto, o resultado ficou entre o sofrível e o mortal. Quem não respondeu que não está satisfeito, ficou pela casa do ainda posso melhorar e os índices são altos, tanto na participação, quanto na distribuição da votação. Seguindo a lógica da experiência de consultório, já, há alguns anos, abordando corajosamente este dilema na vida das pessoas, e fundamentada em estudos sobre o comportamento da humanidade dentro deste cerne, posso desmentir, aqui agora, ainda neste parágrafo, que não tive surpresa alguma. E mais, posso pontuar algumas questões que levam as pessoas a um alto nível de insatisfação com sua sexualidade. Vamos fazer uma brincadeira? Eu cito alguns pontos, aleatoriamente, e você me envia uma mensagem, classificando por ordem de importância,
Leituras de Filosofia Clínica II* “Podemos falar aos outros somente quando participamos de suas preocupações, não por condescendência, mas nos envolvendo em seus problemas. Podemos indicar a resposta cristã apenas se, por outro lado, não formos iguais a eles. Em terceiro lugar, podemos usar essas pessoas e suas ideias para despertar os que ainda vivem numa torre de marfim. Podemos despertar nelas elementos escondidos sob respostas que pensam possuir. Tenhamos na mente essas três fases. Devemos participar sem perder nossa identidade. Deixemos de lado a complacência com os que pensam já conhecer todas as respostas, mas não percebem seus conflitos existenciais. Nossas respostas devem ter tantas formas quantas forem as questões e as situações individuais e sociais” (Paul Tillich. Teologia da Cultura, pp. 265-266). Com essas palavras o filósofo e teólogo alemão radicado nos EUA, Paul Tillich (1886-1965), mostra que as respostas cristãs devem levar em conta primeiro a questão da pessoa
Fragmentos filosóficos delirantes XCXVIII* "A própria natureza é o "médico interior" que palpita em cada criatura desde o seu nascimento e que, por isso, sabe sobre enfermidade mais do que qualquer especialista, que tem de limitar-se ao exame dos sintomas externos" "A mim me parece que a raridade desses verdadeiros mestres da alma é a razão por que a psicanálise será sempre uma vocação ao alcance de alguns e jamais poderá ser considerada um ofício e um negócio" "(...) Mary Baker se antecipa realmente à doutrina da auto-sugestão de Coué, quando diz: 'os enfermos se prejudicam a si mesmos quando dizem que estão enfermos' "Eu opino pela grande predisposição de Mary Baker para o milagre" "(...) em sua maioria ignoram-se recíprocamente e nenhum sabe de Mesmer, o desaparecido, nem Mesmer sabe dêles (..) entregues as observações, deduções, experimentam vezes e vezes os fatos revelados pelo mestre e, também por via subterrâne
11 de setembro* É um assunto meio óbvio hoje, né? Mas as conseqüências pessoais que o 11/09 me trouxe não são óbvias. 11 de setembro de 2001. Eu estava no último período da faculdade de filosofia, às voltas com minha monografia, dando aula em duas escolas. Tive aula bem cedo na UERJ. Cheguei por volta de 9h em casa e fui estudar. Meu irmão chamou logo depois: “Gustavo, caiu um avião em Nova Iorque!” Não dei muita importância, pois as estatísticas dizem que isso um dia aconteceria. Fui para a sala assistir à televisão. Diante da cena da torre do WTC em chamas, imaginei que algum louco teria lançado seu monomotor (no máximo seu jatinho particular) contra o edifício. Quando soube que era um Boeing, fiquei chocado, mas ainda achava que teria sido um acidente – mesmo quando começaram a surgir rumores de atentado terrorista. Foi quando, sentado no sofá, copo de coca-cola na mão, assisti – live – ao segundo avião. Tive a certeza de que era um atentado. Minha primeira reação fo
Construção compartilhada* Após a palestra do professor Hélio Strassburger ficou mais evidente para mim que o homem é fruto do seu meio**, pois ninguém que viva em sociedade é capaz de construir algo sozinho, as relações entre as pessoas é o que possibilita a nossa vida em sociedade e o que torna possível a evolução do ser humano. Isso não quer dizer que a pessoa não é autônoma, pelo contrário, é justamente entendendo essa relação de interdependência (alteridade) que se pode ser verdadeiramente autônomo. Mas é ingenuidade achar que se pode ser completamente independente do outro, pois você somente pode ser reconhecido como indivíduo, com toda sua singularidade, no momento em que existe o outro para legitimar a sua identidade. Ainda que seja possível a uma pessoa viver isolado de qualquer contato humano, para sua existência foi necessário haver dois outros seres humanos que o geraram (ou então alguma espécie de criador). No primeiro caso mesmo que o sujeito negue suas origens

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