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2012 - O véu se abre*

Por que tantas especulações e medos sobre o que poderá acontecer em 2012? O que dizem os Calendários Maias? Por que os homens gostam de criar uma expectativa em relação a um possível fim de mundo? Estas e outras questões causam polemicas por fazer parte do imaginário humano por um desejo de profunda transformação planetária. Por não suportar a condição injusta de vida, o poder egoísta que domina, a corrupção que rouba do trabalhador honesto lhe tirando a dignidade, a exploração global e tantas outras insatisfações promovem no coletivo um desejo inconsciente de morte do sistema falido para fazer renascer uma nova vida sustentável.

Há uma vontade inconsciente coletiva de destruição por um lado e construção para o outro. Daí surgirem os mitos, que são realidade do imaginal coletivo. Não podemos falar em verdades, nem mentiras, mas dos desejos filhos das faltas. O mal estar da civilização causa esta profunda angústia, esta ansiedade de transformação.

Assim, não podemos criticar ou ridicularizar as profecias. Elas são necessárias, pois fazem mover possibilidades na psique de buscar novas condutas. O que importa é tentar refletir sobre o fenômeno que se encontra por traz do mito do fim do mundo. O que se deseja destruir, fazer morrer? O que se deseja transformar?

O mundo que se fala não é só o mundo exterior, material, planetário, mas fala-se também do desejo do mundo subjetivo, intrapsíquico, pessoal que se sente oprimido, explorado, deprimido na sua relação com este mundo engolido pelo poder e capitalismo selvagem. A alma do mundo encontra-se enferma e com esta doença disseminada nós humanos fomos contaminados. Resta-nos a esperança de um fim de mundo, um fim deste estado “coisificado”, um fim deste mundo adoecido e pobre.

Há um desejo coletivo de resgatar a alma poética do mundo. Resgatar a Afrodite e seu amor. Resgatar a vida em toda sua real possibilidade. Uma um desejo de harmonizar no ar. Os Maias, leitores do céu,com uma precisão fidedigna, viram que em 22 de dezembro de 2012, um novo tempo se abriria, as sombras passariam e as luz da consciência planetária se abriria.

Esta data significa o início e não um fim. Um portal de mudanças efetivas. Um tempo de esperança ativa. Um tempo para além do tempo onde nos comunicaremos com outros planetas parecidos com a terra. Interessante como já estamos encontrando estes planetas!

As comunicações serão telepáticas. Isto não significa virtuais como já estamos a viver? Urge, ao invés de julgar e criticar as profecias Maias, abrirmos os olhos e corações para ver o mundo de possibilidades quânticas que estão se apresentando. Nossa visão é muito limitada. Há um mundo invisível bem a nossa frente. Quem tiver olhos que vejam! Pensar com coração.

Os grandes pesquisadores não desanimam, duvidam do estabelecido e partem para as grandes descobertas com coragem e loucura. Cabe a cada um de nós nos prepararmos para as grandes mudanças, nos tornando mais conscientes, reflexivos, solidários, livres, ativos, participativos, revolucionários, angustiados, guerreiros, insatisfeitos com as injustiças e, sobretudo com vontade determinada para transformar radicalmente este mundo. “Quem sabe faz a hora, não espera acontecer”.

*Rosângela Rossi
Psicoterapeuta, escritora, filósofa clínica
Juiz de Fora/MG

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