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O Limite que Liberta*

Livre é quem aprende a viver com sabedoria e maturidade diante das escolhas que a vida apresenta. Vivemos em uma sociedade que convida-nos ao pleno exercício da liberdade. Contudo, a vida exige que aprendamos a ser livres em meio a outros que conosco trilham caminhos singulares que se encontram nos plurais existenciais de nossas experiências humanas, sociais e culturais.

Em busca de uma liberdade fantasiosa muitas atrocidades têm sido cometidas em nosso meio. Ser livre está longe de fazer o que se quer sem pensar nas consequências. A liberdade verdadeira nasce do profundo e sincero desejo de ser ponte e não abismo que aprisiona e fecha possibilidades de uma vida plena e feliz.

Tudo aquilo que escraviza o ser humano torna-se prisão. Liberdade sem limites é uma triste maneira de estar preso sem saber. Muitos estão presos na liberdade que buscaram para si mesmos. Tornaram-se escravos de uma liberdade perigosa. Vivem sem limites pela vida. A minha liberdade termina quando ela aprisiona o outro em minhas escolhas. Quem prejudica ao próximo é também vitima de suas próprias inconsequências diante da vida.

Foi Simone de Beauvoir quem escreveu: “O homem é livre; mas ele encontra a lei na sua própria liberdade”. George Bernard Shaw sabia que a liberdade era precedida pela responsabilidade diante das escolhas na vida: “Liberdade significa responsabilidade. É por isso que tanta gente tem medo dela”. A vida livre nasce sempre de escolhas maduras.

É preciso aprender a ser livre na liberdade que possuímos. Ninguém nasceu para ser escravo, mas também ninguém nasceu para na sua liberdade aprisionar outras pessoas ao sofrimento por meio de atos imaturos e irresponsáveis. Descobrirá o verdadeiro sentido de ser livre quem ver na vida compreender o verdadeiro significado da palavra “limite”.

Pe. Flávio Sobreiro
Poeta, filosofo clínico
Cambuí/MG

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