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Fonte*




A fonte deste trabalho está no meu fluente interesse pelas movimentações do planeta Água chamado Terra. Foi através da Astrologia que passei a me sentir acolhida por este planeta, já que ela consegue mapear e indicar essas movimentações de forma viva, desenhando possibilidades a partir não somente de eixos, como também de triângulos, quadrados, retas e pontos, que se relacionam tanto ao mesmo tempo como ao longo do mesmo. A Astrologia é um saber dinâmico, considera e versa sobre a complexidade. Desde cedo, orientou muitos povos e, dentre eles, minhas crenças e buscas também.

Como grande aliada do mapeamento destas possibilidades (a)fluentes, está a sabedoria Pitagórica, Numerológica, complementar de forma surpreendente da organização analítica entorno de um temperamento ou contexto que se apresente. De forma impressionante localiza períodos precisamente e define suas respectivas tônicas. A Voz da Sabedoria, como foi profetizado seu nome – Pitágoras -, realmente acessa a atualidade dos tempos.

Astrologia e Numerologia, juntas, oferecem análises singulares. E nem poderia ser diferente, já que essas áreas conseguem traçar características, nuances, semelhanças e dessemelhanças de formas infinitas, por proporem-se ao particular sem desconsiderarem o complexo. Não há quem tenha buscado entender melhor e de forma séria tais áreas que não tenha, no mínimo, passado a respeitá-las. Sim, elas mapeiam (as) infinitas possibilidades!

Quanto ao trabalho Oracular, caracteriza-se pela variedade de formas. É possível montar um jogo com objetos aleatórios, dando-lhes significados específicos e assim criar caminhos de leitura. A intenção vale imensamente aqui. Se esse jogo for de pedras, os cuidados devem ser com a natureza das mesmas, com a necessidade de limpeza, bem como com as intenções direcionadas a cada uma delas, as quais trazem bagagens já e passam a armazenar o que nelas for depositado. Os Jogos de Pedras estão presentes em muitas culturas, raças e tempos, bem como até os dias que ainda virão, certamente.

E parafraseando o pensador renascentista, Giordano Bruno: há tantos tipos de Oráculos quantos de Oraculistas. Pois bem, mesmo o Tarô sendo um dos Oráculos mais universais, ele sempre apresentará uma visão que pode ser acessada em muitos níveis de profundidade pelo Tarólogo. O Tarô está no mundo, é do mundo e volta-se para o mundo. Encerra uma sabedoria que não se pode dizer encerrada, pois permite que a mesma sempre seja renovadamente acessada. É um Oráculo impressionante, criado e compilado por seres humanos, pois bem, um instrumento formatado e materializado pelo próprio homem e não apenas traduzido, como predominantemente acontece com a Astrologia e a Numerologia, ambas pautadas por leituras cosmológicas, e também os Jogos de Pedras, os quais, literalmente, são compostos pela própria natureza. O Tarô, por sua vez, necessita de um artista ou artesão, tarologista ou não, para sua engendragem. E assim é possível dar-lhe vida, nesse sentido, como às pedras.

O Baralho Cigano é outro Oráculo largamente conhecido entre os mares, com o qual sempre me simpatizei. Desde 2002 tento decifrá-lo, mas sua objetividade parecia ser tamanha que, com o tempo, parei de utilizá-lo, pois sentia dificuldade de decodificação. Mas recentemente, fiz um curso que desvendou muito dos significados de cada uma das cartas, bem como as possíveis leituras ou diferenças entre escolas. A sabedoria do Baralho Cigano é fascinante, por sua simplicidade que encerra conhecimentos que consideram enredos muito mais complexos, permitindo realmente que a visão vá além das meras figuras, uma vez conhecidos os caminhos de suas origens de significação. É um Baralho fantástico pela forma simples que permite visões mais sofisticadas.

Quanto ao (re)batismo desse site orientou-se pela Numerologia Pitagórica e pelos movimentos dos Astros, para melhor atendimento do que se propõe. O nome apresenta anacronismo proposital, pois atualiza o Templo de Delfos – através das Pitonisas – juntamente com a nossa poluída e acolhedora São Paulo.

Gostaria, por fim, de prestar reverências à figura pitagórica, lendária ou não, que perpassa tempos e espaços, através de uma definição que auxilia muito na concepção desse sábio em nossas mentes:

“Esta é a história de Pitágoras tal como a concebi em sonhos por graça e inspiração de Calíope, musa da eloquência e da poesia. Se você, leitor amigo, duvidar de coisas como sonhos e inspiração, o meu conselho é que não prossigas nesta leitura, porque também duvidarás que um dia existiu um homem que foi, ao mesmo tempo, Sábio e Iniciado, Filósofo e Poeta, Matemático e Mago.”**

E como amante da obra de Giordano Bruno, é possível identificar uma mesma linhagem de lucidez entre esses dois homens. O pensador renascentista, mago, filósofo, poeta e escritor tem um livro que define não só os tipos de magia como de magos, sendo tal texto o ponto inspirador para a minha dissertação de mestrado em filosofia, defendida em 2011. O nome do livro de Bruno é: “Tratado da Magia”, (Martins Fontes, 2008). Esse mago filósofo sempre teve o que essa palavrinha genial tem em sua origem: consideração, do latim, considerare, que significa “estar com o céu”. Considerou, desde sempre, a Magia Natural que é matéria da própria vida.

Reverências a esta Magia que a tudo permite. E nas palavras de Bruno:

“A verdadeira filosofia tanto é música ou poesia como pintura; a verdadeira pintura, tanto música quanto poesia; a verdadeira poesia – ou música – é tanto pintura como certa sabedoria divina.”

Tudo isso é possível de ser congregado nos dias de hoje, diante das possibilidades não serem somente existentes, mas passíveis de acesso e de realização. Todas essas linguagens e vibrações são ativadas por uma Mesa Radiônica, e pelos já muitos Dragons que nos acompanham de forma surpreendente e cada vez mais!

E Viva o Healing Reiki!

Que a fluência das águas se apresente na fonte de seu auto-conhecimento e que o fogo transformador esteja sempre aceso no altar de seu templo.

Que assim seja! Pois assim é!

*Renata Bastos
Terapeuta astral, mestre em filosofia, filósofa clínica
São Paulo/SP
** Carlos Brasílio Conte em seu livro “Pitágoras – Ciência e Magia na Antiga Grécia”

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