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Nessas noites que antecedem meu olhar*









Nessas noites que antecedem o meu olhar, sinto leves toques na alma.
Vultos que passam como lembranças.
E um leve sono chega até meus olhos e adormeço sob rios profundos.
Abro os olhos e lentamente me divido em milhares de estrelas...
Tristes.
Como lágrimas que não caem, como relógios esquecidos no tempo, sem terem noção do porquê existem.
Parados.
Ouço distante o farfalhar da vida, seu ansioso movimento.
E seu barulho doce e quente, na profundeza fria e solitária, a me chamar, são vozes mudas, que ninguém pode ouvir.

*Helena Monteiro
Poetisa, estudante de filosofia clínica
Petrópolis/RJ

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