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Nosso Mundo Interior*










Há pessoas que passam pelo seguinte processo: nada está bom para elas. Ninguém é digno de sua confiança. Todos são falsos. Enfim, acostumaram-se a ver no outro a própria sombra que habita os seus sentimentos. Projetam no outro aquilo que não tem a coragem de encarar em si mesmos. A projeção é sempre prejudicial, pois impede o ser humano a conhecer-se asi mesmo.

Quando temos a coragem de olhar para nossas próprias sombras e nelas buscar um jeito novo de viver e ser no mundo acontece a libertação. As algemas que nos prendiam são quebradas e passamos a ver no outro não um reflexo de nossas imperfeições, mas sim uma pessoa em processo de construção.

Projetar no outro as nossas próprias trevas pode até ser uma maneira confortável de evitar o contato com nossas próprias imperfeições, mas com certeza não é a melhor maneira de sermos felizes. Somente é feliz verdadeiramente quem tem a coragem de encarar o seu próprio mundo interior e dele fazer o melhor lugar para se viver.

*Pe Flávio Sobreiro
Escritor, poeta, filósofo clínico
Cambuí/MG

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