A vida é uma difícil
aventura de viver consigo mesmo.
Muito daquilo que vemos
nos outros são apenas reflexos do que nossa alma insiste em não aceitar. O
outro, por vezes, se torna um espelho diante de uma realidade que não aceitamos
em nós mesmos. A mais longa viagem que podemos fazer é para dentro do nosso
próprio coração. Em territórios desconhecidos, os sentimentos ainda não
reconciliados com nosso coração sempre são inimigos a serem combatidos em uma
guerra sem fim.
Quem não aprende a
viver consigo mesmo, dificilmente conseguirá conviver com o próximo. Somente
quando aprendemos a caminhar com leveza, por entre os espinhos de nossa alma, é
que conseguimos observar que as flores também se encontram lá. O fruto da vida
só é doce quando temos a coragem de vivenciar os processos de amadurecimento
dos sentimentos que amargam a nossa história.
Muitos se acostumaram a
fazer da vida um eterno plantão de reclamações. Acordam pela manhã reclamando
do trabalho e das pessoas com quem terão de conviver durante o dia. Passam o
dia reclamando de pequenas coisas que já se tornaram, em sua vida, montanhas de
aborrecimentos. E como não bastasse, ainda se dão ao luxo de sonharem que estão
reclamando de alguma coisa que ficou pendente durante o dia.
*Pe. Flávio Sobreiro
Poeta, escritor,
estudante de Filosofia Clínica
Cambuí/MG
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