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As poesias*


Porque me acompanham, se prestam
Me fazem emergir, inflar,
Repleta do gás que me emprestam.
Porque vivem comigo, relato e retrato
São tontas, são tantas, são soltas
São sobras das minhas vazantes.
E me atormentam insanas
Fazem pares ao meu ouvido
E nem sei se fazem sentido;
Elas, balelas… eu sôfrega…vício,
Perdidas no ar que respiro
Incontrolo esse afã bendito.
Me olham do canto da sala – solenes
Me aguardam no quarto – decorosas ou não
Invadem momentos de angústia e de gratidão
No trânsito, dentro do carro
Onde, aflição, as esbarro
E imploro que permaneçam.
Mas me acolhem, e me seguem
Elas perseguem, eu as hospedo fiel;
Inferno regado de tanto céu.

*Sônia C. Prazeres
Filósofa, Poetisa, Filósofa Clínica
São Paulo/SP

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