Canta a canção das
horas que não vejo
Das veias que dilatam
Dos urros que esbravejo
Segue o contorno desses
dias ancorados
A um presente que
resiste
Por força do passado.
Canta a canção das
horas que eram tuas
Alegria do som da tua
voz – a minha cura
Ainda ronda os
sentidos, ainda te procura.
Horas debruçada nos
limites do teu rosto,
E plena de teu mundo,
de teu gosto,
Retinha teu carinho em
desmesura.
Canta a canção e acorda
a que tão bem conheces
Que sonha, que sabe de
delírios
E algumas alegrias
porque não te esquece;
Acotovelada à janela da
eternidade
Anda mouca para os sons
que antes ouvia
Enquanto teu cantar não
acontece.
*Sônia C. Prazeres
Filósofa, Poeta, Filósofa Clínica
São Paulo/SP
Comentários
Postar um comentário