Hoje é o aniversário de
Jürgen Habermas, nasceu em Düsseldorf ‒ Alemanha ‒ 18 de junho de 1929.
Filósofo e Sociólogo, um dos grandes representantes da Teoria Crítica, soube
como poucos atualizar o legado de Marx, de Adorno, Horkheimer e Marcuse.
Atuante em questões de
seu tempo, chegou neste século com sua obra em plena forma, atualíssimo.
Conseguiu trazer temas tão importantes para as Ciências Humanas com uma
renovação criativa, como por exemplo, a Teoria do Agir Comunicativo.
O Mundo da Vida causou
uma tempestade, o autor ganhou interlocutores críticos e, também, atraiu
vorazes inimigos nessa esteira teórica que ele nos presenteou em livros. É isso
que se quer de um pensador, a potencialidade da obra é, também, a luz que
reflete e reflexiona, como pode ser a luz a ofuscar ideias pretensamente únicas
e definitivas.
Até hoje, Habermas, é
um indicativo de que o pensamento crítico ainda vive. O pensador da
emancipação, crítico dos exageros do cientificismo e da especialização do
conhecimento. Um participante ativo da esfera pública política encontrou ao
longo de sua trajetória grandes debatedores, críticos ferozes e nem isso o
afastou do debate sobre temas que ainda são mais dos que atuais.
Habermas, a meu ver, é
um dos grandes, um dos últimos protagonistas do debate que procura ainda ver no
homem uma saída para o presente. O futuro sem grandes pensadores está
ameaçado?
“Onde as teorias se
encontram numa relação de complementaridade e de pressuposição recíproca, a
coerência passa a ser o único critério de avaliação, só sendo verdadeiras ou
falsas as proposições particulares que puderem ser inferidas das diferentes
teorias.” (p. 720-721 ‒ Teoria do Agir
Comunicativo: sobre a crítica da razão funcionalista, Vol. 2, Editora Martins
Fontes, 2012)
Sobre a União Europeia:
“A União se legitimou
aos olhos dos cidadãos, sobretudo, por seus resultados, e não tanto pela
satisfação de uma vontade civil política. Isso se explica não só pela história
de surgimento, mas também pela constituição jurídica desse constructo peculiar.”
(p. 117 ‒ Na esteira da tecnocracia, Editora Unesp, 2014)
*Prof. Dr. Luis Antônio
Paim Gomes
Editor Sulina. Prof. PUC/RS. Escritor. Poeta
Porto Alegre/RS
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