A conheci numa livraria
Sentada sobre um
banquinho
De uma livraria pequena
E mal iluminada.
Os fantasmas de luzes e
sombras
Ilustravam as páginas
que lia
Seus dedos tocavam as
letras
Que levava até os
lábios.
Contou-me que não
gostava
De bibliotecas e
livrarias amplas
Não tinha nenhuma
afeição
As classificações e
códigos de barras.
Seu semblante era
marcado
Por códigos secretos
Seus olhos pretos
cintilavam
Como o olhar de um gato
preto
A tez translúcida de
sua pele
Ocultava tatuagens das
letras em sua alma.
Era triste e pálida
Pudera!!!!
Nunca havia tomado
banho de sol
Tomava banho de escuro.
Sentei-me no chão ao
seu lado
Disse-me, em seguida,
Que lia os seus
livrinhos
Para lembrar-se das
lembranças
Que se atrasaram....
*José Mayer
Filósofo. Livreiro.
Poeta. Estudante na Casa da Filosofia Clínica
Porto Alegre/RS
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