Pular para o conteúdo principal

Fragmentos filosóficos, delirantes*



"(...) o cotidiano é o verdadeiro princípio de realidade, melhor ainda, da surrealidade."

"A verdadeira vida está por toda parte, exceto nas instituições."

"Para retomar a oposição modernidade/pós-modernidade, podemos dizer que, na primeira, a história se desenrola, enquanto que na segunda o acontecimento advém. Ele se intromete. Ele força e violenta. Daí o aspecto brutal, inesperado, sempre surpreendente que não deixa de ter."

"Acrescentarei que o redobramento é a marca simbólica do plural. Por isso, cada um torna-se um outro. Comunga com o outro e com a alteridade em geral."

"(...) nenhum problema é definitivamente resolvido, mas que encontramos, pontual e empiricamente, respostas aproximadas, pequenas verdades provisórias, postas em prática no cotidiano (...)"

"(...) o excesso sobrevém como uma vibração que legitima e dá sentido à monotonia cotidiana. A transgressão e a anomia necessitam de limites, ainda que seja somente para serem ultrapassadas."

"Instantes encantados dos carnavais, dos festivais, das festas de todas as ordens. Minutos encantados de encontros amigáveis ou amorosos, ainda que sejam sem amanhã."

"As obras culturais e científicas se constroem, com frequência, na desordem e na loucura. Isso é ainda mais claro para a conjunção cultura e ciência."

"O bárbaro já não se opõe ao civilizado, é um de seus componentes mais fecundos. Essa conjunção é, sem dúvida, a marca essencial da pós-modernidade."

*Michel Maffesoli in O instante eterno. O retorno do trágico nas sociedades pós-modernas. Ed. Zouk. SP. 2003

Comentários

Visitas