Quero tua língua falando aos meus sentidos,
tua voz melancólica, esse sorriso aberto a cantar nas estrelas, teu olho do
azul profundo sobrevoa como se fosse um pássaro do além-mar.
O teu olhar não
petrifica os sonhos, o teu brilho é fonte de energia aos que nascem, o teu
olhar não ilumina, é fonte interna de prazer nas páginas de um livro. Tudo aqui
nasce e fica entre o sonho e a boca, entre a audição e o corpo.
A dança é o nascente da
linguagem, é o que faz a imagem ter um sentido do prazer, as cores mudam em tua
cabeça, os cabelos esvoaçantes nos olhos da liberdade. A cabeça muda as cores,
muda a forma de mudar, o conteúdo e forma, um tiro de tinta na guerra dos
ódios.
A tua voz é minha cura,
é dança que não acaba mais, um presságio não é garantia de vida, é vida que se
vive. E a miséria, já dizia Breton, “a miséria moral deste tempo é infinita”.
Vamos ao espaço ouvindo os acordes de tuas cores.
*Luis Antônio Paim
Gomes
Filósofo. Editor.
Professor. Livre Pensador.
Porto Alegre/RS
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