Desapegar-se é
fundamental para que tenhamos paz no mundo a partir de nós mesmos; é
determinante para o nosso próprio crescimento rumo à capacidade de ser feliz!
Outrossim, desapegar-se
significa escolher corajosamente a sabedoria e a lucidez de destituir-se da
obsessão da posse que outrora pudera ser tão alimentada. Significa ainda,
abnegar-se da permissividade para que sentimentos tão vis não venham mais a nos
possuir, entorpecendo os nossos sentidos tão somente para produzir uma tóxica
pseudo ilusão de que perdemos ao desprender ou libertar justificados unicamente
pela dignidade de respeitar e, logo, permitir que a vida siga fluindo como a
água desde a nascente até desaguar no oceano que tanto toca e une sem prender
continentes chamados pessoa.
Desapegar-se significa
conquistar poder para que nada mais nos domine, para que nada mais brinque
conosco como se fôssemos marionetes destituídas de livre arbítrio. Em outras
palavras, desapegar-se representa não mais permitir que ocorra momentos
oportunos à deturpação de nós mesmos ao ponto de nos enganar afastando do
caminho da grandeza de nos autoconhecer.
Ora pois, não há maior
prova de amor maior do que cuidar de nós mesmos, do outro e da coletividade de
modo a jamais estimular ou permitir que se aprisione numa gaiola o pássaro
capaz do canto e dos gestos que tanto comovem ou comoveram a nossa alma e o
nosso corpo. Afinal, amar genuinamente o canto e os gestos musicados nunca
implicaria na violência de cortar as asas ou de podar os passos e sonhos. Musa!
Prof. Dr. Pablo Mendes
Filósofo. Educador. Filósofo
Clínico
Uberlândia/MG - Porto Alegre/RS
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