A rosa há muito se
desentendeu com a margarida,
que sonhava com o amor
do girassol
que olhos tinha somente
para o sol,
e abandonou a acácia
que de triste ficou só,
mas um dia decidiu
recomeçar
e foi em busca do
cravo,
que sem nenhuma
cerimônia
disse estar
comprometido com a tulipa.
O gerânio ouviu a
conversa
e contou para a
hortênsia,
que apaixonada pelo
cravo
chorou noites e dias
sem fim.
Vendo as lágrimas da
hortênsia
a açucena foi consolar,
que de nada conseguiu
ajudar.
Desesperada de tantos
conselhos ouvir,
foi em busca dos aromas
da alfazema,
que naquele dia estava
em viagem,
pois fora encontrar-se
com a tulipa,
que nos braços do cravo
prometia juras de amor.
Mas seu ardor mesmo em
meio as juras de amor
ainda germinava
secretamente na esperança de um dia encontrar
com a margarida, que
abandonada foi pelo girassol.
*Pe. Flávio Sobreiro
Filósofo. Teólogo.
Poeta. Estudante de Filosofia Clínica
Cambuí/MG
Comentários
Postar um comentário