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Sonhos de singularidade*



Sonhei que havia um rio chorando em mim e nesse sonho, escolhi seguir o seu curso navegando no desconhecido rumo ao autoconhecimento da minha própria jornada. E foi assim até desaguar num mar de emoções e sensações profundas demais. E quando cheguei lá tive que continuar porque o mar não bastou em mim. 

E prosseguindo cheguei no oceano que margeava o meu próprio continente chamado pessoa e lá, dentro de um instante estavam todos os outros, sim; percebi ali todos os continentes do mundo. 

Ora, o mar não era meu, nem o oceano também; eu apenas os compartilhava doando tudo do melhor de mim. É incrível perceber o quão podemos ser plenos e unidos respeitando as singularidades de cada um que sempre são riquezas necessárias para a soma de qualquer totalidade que nos contempla e completa. 

Mas o rio que outrora acreditei chorar em mim, na verdade, sempre verteu sorrisos convidando-me para navegar em seu curso afora. Ora pois, é quando o rio sorri que ele supera qualquer seca, liberando um farto fluxo que vale a pena respeitar, preservar e prosseguir sem cessar. Musa!

*Prof. Dr. Pablo Mendes
Filósofo. Educador. Escritor. Filósofo Clínico
Porto Alegre/RS

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