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Palcos e Tramas da Vida*


Representamos o mundo com nossas emoções, sentimentos e razões, ou não. Cada ser humano representa para si aquilo que sua alma vê, sente, ama, odeia, grita, silencia... Vamos construindo nosso mundo de acordo com os nossos olhares sobre a vida e os seus desdobramentos.

Uma senhora caminhava pela rua e contemplava as folhas sendo levadas pelo vento outonal... Sua amiga curiosa parou diante dela e lhe perguntou:
- Porque olha com tamanha ternura para estas folhas secas e sem vida?

Nisto aquela senhora com os olhos iluminados por um brilho distante respondeu:
- Não são folhas! São os meus sonhos que um dia o vento levou e nunca mais consegui alcançar.

Viver talvez seja está linda descoberta, de darmos significado ao momento presente, representando com nossas alegorias o que alma ainda não sabe nomear.

Caminhamos pela vida representando papéis, elaborando roteiros, despedindo personagens e contratando novos atores. Nos perdemos em tramas, e buscamos sempre um final feliz para a novela que criamos para nós mesmos.

Buscamos aplausos para os papéis que desempenhamos e choramos quando é preciso deixar o rascunho de um projeto inacabado e viver a obra original na qual estamos inscritos.

Talvez a vida seja mais bonita quando a alma faz dos sonhos uma aquarela de possibilidades e onde representamos não o ator coadjuvante, mas o personagem principal no palco da vida.

Pe. Flávio Sobreiro
Filósofo. Teólogo. Estudante de Filosofia Clínica
Cambuí/MG

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