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Vira e mexe*


Vira e mexe
Ela ficava assim
Mexia bem fundo
Mexia com a vida
Mexia a sopa
Chutava o balde
Mexia o vespeiro
Com vara bem curta
Mexia com a onça
De peito aberto.
Vira e mexe
Ela assim ficava
Virava a vida
De ponta cabeça
Virava uma fera
Quebrava os copos
Virava maluca
De tanto certinha
Virava-se em outra
Virava santinha.
Mexe e vira
Mexia as cartas
Virava-se do avesso
Mexia os pauzinhos
Virava a página
Virava a mesa
Mexia com todos
Mexia em tudo
Virava o jogo
Virava silêncio
Volta e meia
Sem mais
Nem menos...

*José Mayer
Filósofo. Livreiro. Poeta. Estudante na Casa da Filosofia Clínica
Porto Alegre/RS

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