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Fragmentos Filosóficos, Delirantes*


"(...) a consciência é um ser para o qual, em seu próprio ser, está em questão o seu ser enquanto este ser implica outro ser que não si mesmo."

"A consciência é consciência de alguma coisa: significa que a transcendência é estrutura constitutiva da consciência, quer dizer, a consciência nasce tendo por objeto um ser que ela não é."

"(...) como a consciência não é possível antes de ser, posto que seu ser é fonte e condição de toda possibilidade, é sua existência que implica sua essência."

"Portanto, eis aqui o nada sitiando o ser por todo lado; eis que o nada se apresenta como aquilo pelo qual o mundo ganha seus contornos de mundo."

"(...) não há um só gosto, um só tique, um único gesto humano que não seja revelador."

"(...) o trabalho essencial é uma hermenêutica, ou seja, uma decifração, uma determinação e uma conceituação."

"O ser é uma aventura individual."

"O gênio de Proust não é nem a obra considerada isoladamente nem o poder subjetivo de produzi-la: é a obra considerada como conjunto das manifestações da pessoa."

"(...) nossa teoria do fenômeno substituiu a realidade da coisa pela objetividade do fenômeno e fundamentou tal objetividade em um recurso ao infinito."

"Toda consciência, mostrou Husserl, é consciência de alguma coisa. Significa que não há consciência que não seja posicionamento de um objeto transcendente, ou, se preferirmos, que a consciência não tem 'conteúdo'."

*Jean-Paul Sartre in "O ser e o nada". Ensaio de ontologia fenomenológica. Ed. Vozes. Petrópolis. RJ. 1999

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