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Fragmentos Filosóficos, Delirantes*


"(...) a certeza de que as coisas têm outro sentido além daquele que estamos em condições de reconhecer"

"A filosofia não propõe questões e não traz as respostas que preencheriam paulatinamente as lacunas. As questões são interiores à nossa vida, à nossa história: nascem aí, aí morrem, se encontraram resposta, o mais das vezes aí se transformam; em todo o caso, é um passado de experiência e de saber que termina um dia nesse abismo"

"(...) Ele será aquilo sem o que não haveria nem mundo nem linguagem, nem o que quer que seja, será a essência"

"(...) o filósofo procura - uma linguagem da coincidência, uma maneira de fazer falar as próprias coisas"

"(...) um mistério familiar e inexplicado, de uma luz que, aclarando o resto, conserva sua origem na obscuridade"

"De sorte que o vidente, estando preso no que vê, continua a ver-se a si mesmo: há um narcisismo fundamental de toda visão"

"(...) nossa vida possui, no sentido astronômico da palavra, uma atmosfera; está constantemente envolvida por essas brumas que chamamos mundo sensível ou história, o sujeito indeterminado da vida corporal e o sujeito indeterminado da vida humana"

"Aparentemente, essa maneira de introduzir o outro como incógnita é a única que considera sua alteridade e a explica" 

"O outro é o titular desconhecido dessa zona não minha (...)"

"(...) este mundo que não sou eu, e ao qual me apego tão intensamente como a mim mesmo, não passa, em certo sentido, do prolongamento de meu corpo, tenho razões para dizer que eu sou o mundo"

*Merleau-Ponty in "O visível e o invisível". Ed. Perspectiva. SP. 1999. 

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