Cansei dos teus olhos,
de tua voz, a duração
deste momento,
o movimento faz o tempo
durar o sempre na imagem.
O breviário do
solitário é catar os dias, então, do previsível, da atitude dos versos, a
métrica é o fluxo do pensamento: e o silêncio fascina.
Morrerei em Paris como
César Vallejo e Celan.
O Sena que lava a
textura do tecido,
palavras entre as
pernas abrem-se às manhãs da cidade.
A poesia nasce da
algaravia, da alma perdida, morrer em águas turvas.
O silêncio abre-se
coberto de tardes tristes,
um beijo na beleza
incessante dos olhos esquecidos dos
os amantes que não se cansam de partir.
O silêncio fascina
sobre o escrito.
*Prof. Dr. Luis Antonio
Paim Gomes
Filósofo. Editor. Livre
Pensador
Porto Alegre/RS
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