"A natureza não oferece paz, simplicidade, univocidade; ela é o elemento da interrogação, da contradição, da negação, da dúvida ampla"
"(...) a obra do gênio doente, transformado em gênio pela doença, admirando, elogiando, elevando, prosseguindo, transformando, legando-a para a cultura que não vive apenas do pão ordinário da saúde"
"(..) há coisas que o homem tem vergonha de revelar a si mesmo, e cada indivíduo vai colecionando uma quantidade bastante grande dessas coisas. Sim, podemos até dizer que, quanto mais correta for uma pessoa, maior será o número dessas coisas"
"(...) a fronteira entre as atividades de poeta e escritor não passa por fora, pelo lado das aparências, e sim dentro da própria pessoa"
"Na esfera de Lessing, nós nos acostumamos a relativizar as coisas, a humanizar o conceito de verdade, e nos habituamos à ideia de que os critérios do que é verdadeiro residem menos na verdade defendida do que naquele que a defende"
"O gênio, podemos afirmar, revela-se onde aparece algo nunca antes intuído, onde algo nunca antes imaginado se materializa; o gênio se anuncia ao possibilitar algo novo que só se torna duradouro, até mesmo vitorioso, pela força e graça da personalidade"
"(...) os amigos da humanidade e da perfectibilidade que acreditam que o ser humano almeja a felicidade e a vantagem, quando na verdade ele também anseia por sofrimento, essa única fonte do conhecimento, e não deseja o palácio de cristal e o formigueiro da perfeição social, jamais abrindo mão da destruição e do caos"
*Thomas Mann in "O escritor e sua missão". Ed. Zahar. 2011. RJ.
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