As conquistas da ciência moderna, em si, não são ruins. O problema ocorre quando os cientistas esperam que sua área seja a resposta a tudo.
A ciência não abarca a ética, o valor, os princípios e o
sentido. Para isso temos literatura, artes, filosofia, teologia, etc.
As conquistas científicas são inegáveis. Mas, pobre daquele
que pensa que a humanidade “só avançou” depois da ciência moderna.
As ciências (empíricas) são ônticas, isto é, abordam entes
específicos. A filosofia é ontológica, isto é, ela aborda o ser.
Se Deus existe ou não, isso não é uma questão para a ciência
empírica. Onipresença, onipotência e onisciência não são âmbitos ônticos.
As ciências empíricas são ramificações da filosofia. Mas,
jamais surgirá derivação que se ocupe da questão principal da filosofia: o ser.
A primeira necessidade que a ciência tem da filosofia é para
defini-la. Não se define a ciência e o método científico por eles mesmos.
Aristóteles já praticava os rudimentos da ciência,
integrando-os ao todo do conhecimento e orientando para a filosofia primeira:
ontologia.
Não tenho a pretensão de ser rigoroso – no sentido acadêmico
e filosófico – nas postagens de 140 caracteres. Nem acho isso possível.
Estou ciente e assumo o risco das ambiguidades, obscuridades
e restrições dessa tentativa de ser sintético expressando-me em 140 caracteres.
*Prof. Dr. Miguel Angelo Caruzo
Filósofo. Escritor. Filósofo Clínico.
Teresópolis/RJ
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