“E assim, à medida que
o sol se punha, uma visão foi se impondo aos meus olhos.”
Antonin Artaud
Nas redes sociais as
pessoas que gostam de legitimar a cultura do óbvio, da constatação, da
quantidade, essas, emburreceram de vez. Jogam suas frustrações na falta de
tempo para compreender a vida, naquilo que ela possa nos apresentar de novo, de
desconhecido.
A vida é o tempo de
todas as coisas, o mais simples é o extremo, destruidor ou construtivo: arrasar
ou adorar. É mais fácil primeiro adorar, depois, em outro sentido, destruir o
pensamento contrário; sem se dar conta, pode-se estar cavando o próprio erro: o
fim é o limite para o pensamento duro.
O que vem a ser o
pensamento duro, bruto? É o pensar dentro da construção cultural dual, em que
existem os polos do bem e do mal. Essa religiosidade racional é parte da vida,
é claro, não serei eu a refutar todas as manifestações pelo simples fato de
pensar diferente.
Eis a reflexão dos
frágeis, pensar, refletir, o contraponto do monismo deste tempo
irredutivelmente evaporizado no digital DNA das fraquezas brutais dos homens;
está faltando Alteridade.
*Prof. Dr. Luis Antonio
Paim Gomes
Filósofo. Editor. Livre
Pensador.
Porto Alegre/RS
Comentários
Postar um comentário