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Fragmentos Filosóficos, Delirantes*


"A arte talvez seja uma das mais poderosas formas de o homem arranhar certos mistérios da transcendência"

"A arte está sempre nos oferecendo inesperadas possibilidades, potenciais saídas surpreendentes e alternativas para os labirintos em que nos encerramos"

"(...) é próprio da criação artística se constituir na expressão de uma individualidade, de uma subjetividade - muitas vezes, daquilo que é único, incomum, de uma exceção. E a mídia se orgulha, em sua racionalidade, de querer ser objetiva, mediana, comum, global - tanto numa linguagem média, acessível a todos e imediata, quanto nos temas abordados e nos pontos de vista com que eles são tratados"

"(...) a mídia tende a uma homogeneização crescente e redutora enquanto o caminho da arte valoriza o original, o diferente, o heterogêneo, o outro"

"O estereótipo injeta preconceito nos corações e mentes. E poucas áreas culturais são tão cheias de estereótipo quanto o que é transmitido pela mídia"

"Toda colonização é uma dominação, que se transmite e se mantém por meio da uniformização. Daí a desconfiança que os artistas criadores sentem e tantas vezes manifestam em relação à industria cultural homogeneizante e a seus mecanismos de uniformatação e padronização"

"O melhor antídoto contra a inoculação passiva de preconceitos e da ideologia alheia é a recusa do estereótipo e a busca do protótipo -aquele texto novo, prenhe de possibilidades insuspeitadas e das surpresas (linguísticas, estilísticas e de pensamento) que caracterizam a boa qualidade literária"

"(...) leitura de literatura é um passeio, não é uma expedição comercial interessada em obter vantagens, cuja importância possa ser medida em termos utilitários para o consumo. Não é um ato predador, é um momento de prazer"

"Leandro Konder diz assim: 'Por meio da leitura os seres humanos podem se encontrar, podem assimilar algo da experiência dos outros. Minha experiência pessoal me ensina que jamais aprenderei a ler tão bem quanto necessitaria. O aprendizado da leitura não cessa jamais (...) Quem lê poesia, romances, peças de teatro, ensaios, crônicas, de fato está lendo a vida. Aprender a ler, então, é como aprender a viver: não termina nunca" 

*Ana Maria Machado in "Balaio". Ed. Nova Fronteira. RJ. 2007.

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