As palavras sempre
fluem de sensações que nos acometem a todo instante. As vezes me parece um
fluxo contínuo e irreparável. E é com esses substratos simbólicos, fonéticos e
tão distintos que compomos os nossos discursos; é com isso que produzimos
conhecimento e ainda, é com isso, que podemos tanto tocar todos aqueles capazes
de nos perceber.
Os fenômenos que o
sentir nos provoca ou nos convoca faz de nós instrumentos capazes de tocar e
ser tocados pelo menos até nos comover para nos converter em pontes hábeis a
dirimir distâncias ou, ainda, mesmo sem querer, nos tornar naus que assumem a
vocação de navegar cada vez mais nesse oceano todinho feito de infinitos e que
se chama amor.
Talvez por isso e muito
mais, seja cada vez mais evidente que as palavras tem poder porque elas causam
ações que afetam a sua realidade e isso, define ou redefine as direções. As
palavras podem até mesmo manchar de verde as suas próprias retinas outrora
opacas.
As palavras ora em
sobressaltos ora como brisa de um verão inesquecível, segue abrindo caminhos e
descaminhos na direção do seu coração e de outro mundo possível.
E é assim,
supostamente, que vamos imprimindo a nossa história que sempre se converte em
obras a quatro mãos. Musa!
*Prof. Dr. Pablo
Eugenio Mendes
Filósofo. Educador.
Filósofo Clínico. Livre Pensador.
Uberlândia/MG
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