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Fragmentos Filosóficos, Delirantes*


"(...) de que modo a arte de todos os tempos aparece como provocação de experiências propositadamente incompletas, interrompidas de chofre para suscitar, graças a uma expectativa frustrada, nossa tendência natural ao complemento"

"Ordem e desordem são conceitos relativos; somos ordenados em relação a uma desordem anterior e desordenados em relação a uma ordem posterior, exatamente como somos jovens em relação a nosso pai e velhos em relação a nosso filho, libertinos em relação a um sistema de regras morais e moralistas em relação a outro mais dúctil"

"Das estruturas que se movem àquelas em que nós nos movemos, as poéticas contemporâneas nos propõem uma gama de formas que apelam à mobilidade das perspectivas, à multíplice variedade das interpretações. Mas vimos também que nenhuma obra de arte é realmente 'fechada', pois cada uma delas congloba, em sua definitude exterior, uma infinidade de 'leituras' possíveis"

"(...) um aspecto peculiar da obra, que a desvende inteira sob uma nova luz, deve esperar o ponto de vista capaz de captá-lo e projetá-lo"

"(...) reconhecer, no âmbito das obras 'abertas', uma categoria mais restrita de obras que, por sua capacidade de assumir diversas estruturas imprevistas, fisicamente irrealizadas, poderíamos definir como 'obras em movimento'"

*Umberto Eco in "Obra aberta". Ed. Perspectiva. SP. 2005.

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