Distância é uma coisa
engraçada né? Tem tantas dimensões, tantos tamanhos, tantas formas… Tamanhos?
Formas? É! Hoje em dia a distância pode ter forma de computador, de skype, de
msn, de facebook. Forma de câmera com microfone. Ou mais moderno ainda, forma de
telefone celular que mostra a pessoa do outro lado, como nos Jetsons (do arco
do velha, mas que também sentiam saudade, aposto).
Quanto mais o tempo
passa, quero dizer, a modernidade chega, mais as distâncias diminuem. Antes era
tão difícil falar com alguém. Telefone não existia, carta demorava dias, meses
e até anos. Hoje não. A tecnologia melhorou tudo (ou não, pode ter afastado
ainda mais as pessoas que agora se escondem atrás da tela de um computador).
Hoje existe avião,
barco, navio, helicóptero, carro, moto, ônibus… até espaçonave existe. E existe
telefone, celular, internet, sedex, sedex 10, skype, Viber e Whatsapp pros mais
moderninhos. Tantas formas de chegar… chegar onde quer, do lado de quem deseja,
no lugar que almeja. Encurtamos distâncias pra matar a saudade, pra conhecer
lugares, pessoas, coisas… pra fugir de lugares, pessoas, coisas…pra comprar,
pra meditar… pra ir, simplesmente por ir.
Hoje se pode estar em
qualquer lugar, a qualquer hora, e as vezes até mesmo em mais de um lugar ao
mesmo tempo (e viva a videoconferência). Mas a grande pergunta é, toda essa
distância, toda essa tecnologia, todos esses meios de transporte são
suficientes quando se fala de alma, de corpos, de presença?
Quando se fala de
beijo, de abraço, de cafuné, de colo, de calor? De sorvete numa tarde de calor,
ou de cinema com pipoca numa noite de frio? A internet é linda e encurta
distâncias sim, os meios de comunicação são fantásticos, e os meios de
transporte nem se fala, mas alguma coisa substitui a presença naquele segundo
exato que a saudade fala mais alto que o coração? Não, acho que não.
*Dra Patrícia Rossi
Psicóloga, Coach, Filosofa Clínica
Juiz de Fora/MG
Comentários
Postar um comentário