Abri no peito uma trilha
por onde passa a dádiva da dúvida
conduzindo o passo que o erro lapida dilapidando
perfeições que inexistem...
Que sorte a minha, esses enganos cilindrando espiral
ascendente, rumo a clareiras mais fartas em serenar, mesmo que sem garoa.
O verso só baila a beira de precipícios!
Fora do equívoco, não há vida e vícios de criar...
A calma que desenha a estrada, é erguida a nervuras
cuja dor oprime a inércia!
Cambaleante a mão que nina o verso, só concebe a
estrofe porque sente o amargor da morte do sonho...
Ou contrariamente sonharia a esmo, pra sempre e sem
mais arte.
Gratidão é para os fortes!
Força é para os vulneráveis!
Fraqueza é erigir são equilíbrio sobre o chorume
azedo da vida
que para arfar notas em flor
carece do lixo da nossa falência!!!
*Jullie Vague
Cientista social. Musicista. Poetisa. Roteirista e
pesquisadora. Filósofa Clínica.
Curitiba/PR
Comentários
Postar um comentário