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Fragmentos Filosóficos, Delirantes*


"(...) o ser de tudo aquilo que é mora na palavra. Nesse sentido, é válido afirmar: a linguagem é a casa do ser"

"(...) é indispensável perdermos o hábito de só ouvir o que já compreendemos"

"Não conseguiremos escutar nada sobre a saga do dizer poético enquanto formos ao seu encontro guiados pela busca surda de um sentido unívoco"

"O delirante pensa e pensa mais do que qualquer um. Mas nisso ele fica sem o sentido dos outros. Ele é um outro sentido"

"O desprendido é delirante porque está a caminho de outro lugar"

"O estranho está em travessia. Sua errância não é porém de qualquer jeito, sem determinação, para lá e para cá. O estranho caminha em busca do lugar em que pode permanecer em travessia. O estranho segue, sem quase dar-se conta, um apelo, o apelo de se encaminhar e pôr-se a caminho do que lhe é próprio"

"Lembra Humboldt: 'Apreendida em sua verdadeira essência, a linguagem é algo consistente e, a cada instante, transitória. Mesmo a sua preservação na escrita é sempre uma preservação incompleta, mumificada, mas necessária quando se busca tornar perceptível a vida de seu pronunciamento'"

"(...) o poder suave da simplicidade de um saber escutar"

"Talvez na palavra 'caminho', Tao, resguarde-se o mistério de todos os mistérios da saga pensante do dizer, ao menos, quando deixamos esses nomes retornarem para o que neles se mantém impronunciado"

*Martin Heidegger in "A caminho da linguagem". Ed. Vozes. Petrópolis/RJ. 2004.

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