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Fragmentos Filosóficos, Delirantes*


"(..) e tudo no mundo tivesse seu próprio nome secreto, um nome que não pode ser transmitido por nenhuma linguagem e que é simplesmente a visão e a sensação da própria coisa"

"É sempre melhor o livro que se tem na cabeça do que aquele que se consegue pôr no papel"

"(...) Aventure-se muito além no amor, diz consigo mesma, e você renuncia à cidadania no país que construiu para si mesma. Acaba apenas navegando de porto em porto"

"(...) parte do encanto de um bolo é sua inevitável imperfeição"

"De algum modo parece que deixou seu próprio mundo e entrou no reino do livro"

"É suficiente estar nesta casa, a salvo da guerra, com uma noite de leituras pela frente, depois dormir, e trabalhar de novo pela manhã. É suficiente que os postes lancem sombras amareladas nas árvores"

"Você tenta prender o momento, bem aqui, na cozinha, ao lado das flores. Tenta habitá-lo, amá-lo, porque é seu e porque o que existe à espera do outro lado desses aposentos é o saguão, com seus ladrilhos escuros e lâmpadas de luz fraca, sempre acesas (...)"

"É só depois de conhecê-lo melhor que se começa a perceber que, para ele, você é uma personagem essencialmente fictícia, alguém por ele investido de capacidades quase ilimitadas para a tragédia e a comédia, não porque essa seja sua verdadeira natureza, mas sim porque ele, Richard, precisa viver num mundo povoado por figuras extremas e poderosas"

*Michel Cunningham in "As Horas". Ed. Cia das Letras. SP. 1999. 

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