Juntos somos muito mais
poderosos e mais poder ainda descobrimos quando escolhemos encantar em vez de
tolher, cuidar em vez de ferir. Lembra? Nós sempre fomos incansáveis! Seguimos
rastros deixados por outros maiores do que nós e o que encontramos foi poesia.
Perseguimos sonhos e
também os nossos sonhos e o que encontramos foi poesia. Focamos em metas, em
produtividade e nos lançamos na direção delas e tudo que encontramos de mais
salutar foi poesia.
E quanto mais poesia,
mais vivo nos sentíamos porque a vida é sempre mais plena na arte. Perdemos as
contas de quantas razões nós tínhamos para sorrir juntos. E até nos momentos de
aridez durante algumas fases das nossas jornadas na vida havia poesia e foi ela
que matou a nossa sede e nos ajudou a compreender o que acontecia e por onde
prosseguir para superar os desafios devidos.
Descobrimos juntos que
a poesia estava sempre aqui e agora, em qualquer lugar e em todo lugar de
dentro e de fora de nós porque ela mesmo sem querer transbordava e avançava até
tocar alguém com a sua mãe sutil e poderosa. E doa a quem doer ou comova a quem
comover, mas ser poeta talvez não seja uma escolha, pois cada vez mais foi nos
parecendo uma condição da qual era impossível discernir onde se começava ou
onde se encerrava o que cada um de nós éramos.
Entretanto, a sua
envergadura era muito maior e mesmo admirando-a e respeitando-a eu só pude
entender com clareza o que acontecia quando finalmente aprendi que assim como
as flores, o feminino presente desde o infinito da sua alma até toda a extensão
do seu corpo exalava a grandeza e o poder não só de ser mulher mas também, de
poder ser o que você quisesse ser.
Você foi um presente
maravilhoso e sempre será presente principalmente nas minhas melhores memórias
e na minha gratidão. O que você me causou e a sua poesia que me contagiou e me
contagia cada vez mais dá sinais de que essa dádiva nunca cessará nem no físico
nem no metafisico.
Confesso que era
engraçado, prazeroso e curioso quando tentávamos em alguns momentos calcular a
quantidade de poesia presente na escuta sempre atenta e carinhosa, nos nossos
diálogos, nos seus sorrisos, nos abraços demorados, no seu olhar profundo
demais e sempre cheio de manchas verdes vindas lá das suas retinas e nos beijos
inevitáveis que tentávamos por vezes matematizar. Mas sempre percebíamos juntos
que pelo simples fato da poesia transbordar, ela era como o fenômeno da
descoberta de que o universo está sempre em expansão. Musa!
*Prof. Dr. Pablo Mendes
Filósofo. Escritor.
Educador. Filósofo Clínico.
Uberlândia/MG
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