A saudade só persiste
como dor enquanto continua apegada num passado que ainda não passou. E isso se
dá somente quando o autoconhecimento ainda não é suficiente para transbordar-se
em poesia que irriga e faz tudo que fora vivido florescer em gratidão para deixar
a paz reinar.
Pois, é das memórias
que nos causam prazer e alegrias que obtemos mesmo sem querer a inspiração
necessária para prosseguir liberto de tudo que já não faz mais sentido
agarra-se agora.
E quanto as memórias
que nos provocam dor e lágrimas, nos resta galgar a capacidade salvadora de
extrair as lições mais prioritárias e transformadoras ao ponto de transcender.
É por isso que quando alçamos voo a determinado patamar de sabedoria ou de
poesia numa intencional redundância de sentir e significar, qualquer saudade se
converte em gratidão e paz.
Portanto, cada vez mais
só me resta agradecer pela poesia que a feliz contaminação que as manchas
verdes oriundas literalmente das janelas da sua alma me causaram um dia...
Musa!
*Prof. Dr. Pablo Mendes
Filósofo. Filósofo
Clínico. Educador. Livre Pensador.
Uberlândia/MG
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