Solidão começa no pensamento Mônica Aiub Filósofa Clínica São Paulo/SP Em 1964, Jean-Paul Sartre recusou o prêmio Nobel de literatura e, na ocasião, Gilles Deleuze escreveu um artigo intitulado: “Ele foi meu mestre”, cuja tradução foi publicada no livro A ilha deserta e outros textos. "Estar só é falar por si mesmo, é não ter diante de si, nem atrás de si, algo que lhe ampare, que lhe sustente; é não representar ou ser representado por algo. Rejeição é repulsa, desaprovação. Estar só não implica em rejeição e esta não leva necessariamente à solidão" Ao estabelecer as diferenças entre o mestre e o professor, Deleuze cita duas características fundamentais do mestre: a solidão e uma certa agitação, uma certa desordem do mundo na qual surgem os mestres. Ao ler a afirmação de Deleuze, lembrei-me das muitas queixas de solidão que aparecem no consultório. Idalina Krause,
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