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Eternidade interrompida Luana Tavares Filósofa Clínica Niterói/RJ Morrer é preciso... tão preciso quanto necessário. Morremos a cada momento através da eternidade; vivemos pela sua possibilidade. Somos impotentes diante do tempo, mas detemos a condição incontestável de exercer a vida. Direito este nem sempre exercido, mas que na maior parte das vezes é reivindicado. Prescindir dele pode significar perdas incomparáveis para alguns; outros, porém, necessitam ter seu tempo supostamente abreviado... quem pode saber? Na existência, talvez nada possa ser predeterminado. Apenas intuímos o porvir, que nem sempre se manifesta por um caminho esperado. O inusitado provavelmente está a nos esperar depois daquela curva, como um prêmio atento às nossas necessidades. Podem acontecer imprevistos, surpresas, desvios e até o rigor de um traçado delineado. Cada fibra se desvela e se revela no desenrolar de uma rotação. O dia se inicia para alguns, mas apenas acontece para outros. A eternidade

O instante aprendiz***

"Todas as coisas são de tal natureza que, quanto mais abundante é a dose de loucura que encerram, tanto maior é o bem que proporcionam aos mortais." Erasmo de Rotterdam Ao esboçar apontamentos sobre uma lógica da loucura, um viés de absurdidade se desvela em estilhaços de múltiplas faces. Fronteira onde a normalidade se reconhece nos seus paradoxos. Uma das características da expressividade delirante é ensimesmar-se em desacordo com o mundo ao seu redor. Cria dialetos de difícil acesso, para proteger versões de maior intimidade. O papel da Filosofia Clínica na interseção com a crise imediata, também é apresentação indeterminada num processo caracterizado pelo exagero da manifestação partilhante. Um não-saber veicula provisórias verdades no compartilhar desconstrutivo das sessões. Representações existenciais difusas se alternam em narrativas no tempo da pessoa. A linguagem da loucura se constitui em um conjunto de convivências estapafúrdias. O ponto de pa
Mudança Idalina Krause Filósofa Clínica Porto Alegre/RS Mu continente perdido. Mu estrêla entre Marte e Júpiter. Muda planta jovem, incertos brotares... Dança passos cênicos, coreografias recicláveis. Assim entre devires despejo sonhos, sobre meu corpo exausto. Movimentos rotação, translação, giros, fontes ilimitadas. Mutantes ocasiões, silêncios transplantados, aterramento equatorial sufocante. Suspensos pés alados, lavados por frescores noturnos. Fonte amada te busco! Me refaço, somente tu conheces minha nudez de onde meu sangue brota.
Não dá pra arrumar Rosângela Rossi Psicoterapeuta e Filósofa Clínica Juiz de Fora/MG Haja livro espalhado por todos os cantos! Amo os livros! Amigos de todas as horas. Meu sagrado vício. Penso sempre, um dia vou arrumar minha biblioteca. Ah! Até parece que isto vai acontecer um dia, diz outro lado meu. Cada livro me convida a mergulhar nele para refletir e navegar por mundos antes não pensados. Por em ordem? Para que, se eles falam de mil coisas que me fazem muitas vezes ficar confusa. Aprendi com eles que o Caos é Cosmos. Que o certo pode ser errado. Que tudo pode ser nada. Que a perfeição pode ser um grande engodo. Que bom que eles me ensinaram que posso ser imperfeita, angustiada e livre. A bagunça eterna de minha biblioteca me permite, como agora sentar frente a porta de vidro e ver lá fora as orquídeas explodindo em forma desordenada em sua estonteante beleza ao lado da estátua de Afrodite que serenamente observa a jardim de primavera. Ah! Vida desordenadamente bela
Quanto evitar um problema significa resolver* Lúcio Packter Pensador da Filosofia Clínica Há questões na vida construídas de tal forma que a abordagem direta se torna inviável. Exemplo: a pessoa perdeu alguém que ama e tratar diretamente desta perda é insuportável para a pessoa. Não existe um modo direto e óbvio de tocar no assunto com ela. No consultório esta manifestação aparece de vez em quando. Assim como alguém que danificou a pele e não suporta um toque direto sobre ela, há quem tenha se magoado na malha intelectiva de tal modo que não pode mais falar ou pensar sobre o que houve. Em Filosofia Clínica estudamos caminhos para a consideração deste fenômeno. Pesquisamos desde a natureza até os encaminhamentos do assunto. Verificamos se de fato é necessário lidar com isso, se não é o caso de deixarmos de lado; verificamos se não é somente um sintoma de alguém anterior que merece maior consideração. Damos atenção aos conteúdos da historicidade de vida da pessoa até o aparec
Boa tarde amigos do cineclube audiovisUAI, Escrevo para lembrá-los de acessar e ajudar a divulgar a programação do mês de setembro do cineclube. Lembrando que este é um projeto social, sem fins lucrativos, aprovado e apoiado pelo Ministério da Cultura e pela Prefeitura Municipal de São Tiago- MG. Acessem e enviem o site para seus contatos www.cineclubeaudiovisuai.webnode.com.br ou mandem e-mail para cineclubeaudiovisuai@gmail.com . Abraços, Mariana S. Fernandes (Coordenadora do Cineclube AudiovisUAI) Filósofa Clínica

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