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O Relógio e o Tempo Beto Colombo Filósofo Clínico Criciúma/SC Para os filósofos há duas formas de medir o tempo. Uma delas foi inventada por homens que amam a precisão dos números: matemáticos, astrônomos, cientistas, técnicos. Foram eles que fabricaram ampulhetas, relógios, cronômetros, calendários. E o deus Cronos. A outra forma foi inventada por homens que sabem que a vida não pode ser medida com calendário e relógios. Para esses, a vida só pode ser marcada com a vida. No livro bíblico Cântico dos Cânticos os amantes marcavam o tempo do amor pelos frutos maduros que pendiam das árvores. Quando as folhas dos plátanos ficam amarelas, sabemos que chegou o outono. Os ipês rosas e amarelos anunciam o inverno. Às vezes fico a pensar: qual é a magia que informa os ipês, todos eles, em diferentes lugares, que é hora de perder as folhas e florescer? Aqui entra o deus Cairos. A precisão dos números marca o tempo das máquinas e do dinheiro. Já nesse outro modo de medir, o tempo do
Prezados amigos, Convidamos a todos para uma Oficina de Audio Visual que será oferecida pela Secretaria de Cultura, entre os dias 2 e 5 de dezembro, na cidade de São Tiago MG, através do Cineclube AudiovisUAI. A oficina emitirá certificado de 20 horas para os participantes e o assunto é: HISTÓRIA DO CINEMA E LINGUAGEM CINEMATOGRÁFICA. São 40 vagas, porém aproximadamente 30 serão destinadas aos professores das escolas locais. Então, peço, por gentileza, aos interessados, favor entrar em contato até semana que vem, solicitando a ficha de inscrição. Atenciosamente, Mariana Fernandes Filósofa Clínica Coordenação e Produção
Na invisibilidade de um triz* “A vida segura o espelho para a arte, e reproduz ou algum tipo estranho imaginado por um pintor ou por um escultor, ou então concretiza no fato aquilo que havia sido sonhado na ficção.” Oscar Wilde Existem refúgios por onde as raridades ensaiam incompletudes. Uma zona distante dos consensos e de onde nada se espera. Discurso das lacunas, falhas e sentidos obsoletos, seu sussurro descreve frestas e faz referência a palavra que escapa. Um quase ao sobressalto criativo desconsiderado. Atiçar especulativo no esboço por um triz de duração imediata. Na expressividade ainda não cooptada pelos rituais conhecidos, suas deixas, sobras ou deslizes incitam a interrogação para outras verdades. Fonte de matéria-prima às incertezas recém decaídas das convicções. Seu anúncio de nitidez inesperada se oferece na escassez de um porém. Sua irrealidade ainda sem fundamentação não desmerece paradoxos, ao contrário, os fortalece com sua exis
Convite: A Filósofa Clínica Nathalia Regina P. Alberto, participa como conferencista na IX Semana de Filosofia da Faculdade Católica em Juiz de Fora. Seu tema: "Filosofia Clínica - Um olhar na contemporaneidade" O evento acontece hoje (07/10) a partir das 19:30hs na Católica em Juiz de Fora. Av. Barão do Rio Branco, 4516. Fone: 32.3239-8600. Atenciosamente, Coordenação.
Sistema e singularidade Miguel Angelo Caruzo Filósofo Clínico Teresópolis-RJ Nossas ciências tanto humanas quanto exatas tendem a buscar constantemente uma explicação clara, objetiva, precisa e universal para questões humanas. Em ambas a universalização a partir de dados são fundamentais. Na contramão desses sistemas, se encontra a Filosofia Clinica. E esta tem como ferramenta de estudo a tábua de modos e submodos, e como finalidade, o estudo da singularidade. A própria filosofia, principalmente com Aristóteles e Hegel, buscou intuir uma sistematização dentro da qual o ser humano poderia estar contemplado nessa totalidade. Enquanto objeto do pensamento filosófico, esses arcabouços sistemáticos são de alta relevância para a compreensão da realidade. E as demais formas de ciência são muito proveitosas, inclusive para o desenvolvimento da humanidade. No entanto, quando se trata de trabalhar o homem, ou melhor, de auxiliá-lo em suas dificuldades existenciais, muito raramente qual
Uma questão de nome Lúcio Packter Pensador da Filosofia Clínica Velho. Ultimamente tornou-se feio em muitos lugares dizermos “velho”. Dizer velho, não se diz mais em muitos lugares. Velho é muito antigo, é coisa que está no fim. Velho lembra Idade Média, Chevette, enceradeira, escadaria, tudo velho. Velho é errado dizer. Porque velho lembra que é velho. Nos aeroportos eles pedem que passem à frente as mulheres com as crianças e os passageiros da “melhor idade”. Melhor Idade não é velho, melhor idade é alguém que está no mundo há mais tempo e que agora usufrui bons restaurantes, livraria Cultura, ponte aérea, gente que já viveu o suficiente para se aposentar e que está na melhor idade agora. Socialmente, quando de vez em quando trocamos um termo gasto e incômodo por outro adequado a uma renovação qualquer, um dos elementos que podem acompanhar é exatamente a impressão de que o conteúdo também se modificou de alguma forma. Portador de Deficiência Especial é diferente de ser
Estática Idalina Krause Filósofa Clínica Porto Alegre/RS Almejam inventar a roda Ela já existe Não conseguem ver o óbvio O que fazer com o que gira
Sob a lua de Positano Rosangela Rossi Psicoterapeuta e Filósofa Clínica Da Itália A poesia esta solta no ar. Todos os deuses descerem do Olimpo para celebrar a vida nesta Costa Malfitana no outono que se aproxima. A lua refletida no mar se faz admirada pelas casas presas as montanhas. Parece que Urano se hospedou no litoral trazendo as estrelas para enfeitar o chao. Sua filha Afrodite navega sob a concha guiada pelas bacantes. Dioniso aplaude tomando o mais delicioso vinho. Eta vida boa e bela! Chronos dorme e Kairos cochila. A pausa aquieta minha alma em festa. A razão observa aprovando a musica da emoção. E a lua no céu brilha. Meu coração tranqüilo e feliz perpassa a ultima semana. Netuno na Fontana de Trevi doma os dois cavalos para não perder a festa. Na Praça Navona, Bernini deu vida aos rios Nilo, Danúbio... Na Capela Sistina Miguelangelo pintou os últimos traços no teto e Rafael assisteu ao dialogo de Platão e Aristóteles na Academia de Atenas pintando o afresco com
Quem são os verdadeiros artistas? Ildo Meyer Médico e Filósofo Clínico Porto Alegre/RS Cada vez que o circo chegava à cidade era uma festa. Esperava a semana inteira pelo domingo para ver os palhaços, trapezistas, mágicos. Lembro até hoje da lona suja e rasgada, das cadeiras e arquibancadas de madeira, da serragem misturada com o barro do chão, do cheiro do leão, do urso, dos macacos... Vibrava e achava sensacional quando anunciavam o domador espanhol Antonio Sanchez, o equilibrista chinês William Wu e a dançarina francesa Margot Delamour, verdadeiros artistas que colocavam a cabeça dentro da boca do leão, andavam em cordas nas alturas, tudo meio improvisado, sem grande segurança, mas com um fascínio impressionante. Hoje o circo mudou. A referência é o Cirque Du Soleil, onde espetáculos são realizados em teatros com poltronas luxuosas, artistas internacionais mascarados e sem identificação, ausência de animais, ingressos pouco acessíveis à população de baixa renda e ten

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